Um Momento de Reflexão por STP - Um espaço ao dispor de todos os amigos de STP

sábado, junho 10, 2006

O BATOTEIRO E AS SUAS ELEIÇÕES

A batotice de eleições para “fazer o inglês ver” em STP parece ter virtude suplementar e talvez inesperada. A batota eleitoral colocou os sãotomenses a viverem no difícil estado de duplo enfoque. Quer dizer, na regra e na desregra, ou no prazer e na técnica de banho. É uma espécie de exercício para os sãotomenses estarem concentrados e descontraídos ao mesmo tempo. É um condimento de saber estar e não estar simultaneamente. É ser espectador e actor na mesma peça. O sádico Presidente da República eleito a custa do banho, imposto por uns nacionais em troca de umas migalhas, mostra a sua face.

Essa sua outra face obscura resplandece em batoteiro militante e lúdico. É como um ingénuo profissional e simultaneamente uma espécie de manhoso de á-bê-cê. É alguém que gosta de se sentir como uma governanta cerimoniosa que leva com parcimónia os miúdos ao jardim para presentear geladinhos e rebuçadinhos. É certo que há muitos jogos que só valem a pena porque a batota é bem mais saborosa que a vitória. Mas, é claro que isto não é democracia. É brinde que, com o patrocínio de um dado PCD/GR nos trouxe através de Miguel Trovoada, desenvolvido por Fradique de Menezes e que, ficou quasi institucionalizado no país – a democracia da batota e do banho. Sim, compreendo, poder fazer batota e não ser apanhado é de longe o mais interessante em qualquer dito jogo democrático apesar de contrariar a própria lei que a normatiza. Para Fradique é absolutamente indiferente se a batota serve para ganhar ou para perder, o essencial é fazer, fazer, fazer e bem feitinha.

O fundamental é enganar os outros e ninguém dar conta de nada. Mas eu dei! O batoteiro é um eterno medroso muito bem disfarçado e convencido de malandro atrevido e espertalhão. Indiciado por Miguel Trovoada, Fradique subverteu as regras democráticas, desprezou os partidos políticos, trocando-os pelo seu maior prazer de ser dono de STP. Ludibriou os partidos e mesmo os seus capangas, tornando-os uns figurantes, uns mero cooperantes, numa espécie de brinquedo muito seu, fazendo as eleições numa espécie de onanismo. O batoteiro tendencialmente apodera-se de propriedades fixas, conquista um território, ou mesmo tenta instaurar uma nova ordem. É nessa presunção psicopatológica que Fradique autoritário, prepotente e absolutista marca as suas eleições para mais uma vez com o banho arrebate em definitivo o petróleo de STP, a Assembleia, o governo e os partidos para mais uma ditadura a estilo Bongo/Mobuto ou mesmo a Jean-Bertrand Aristid e/ou Jean-Claude Duvalier de Haiti com a sua polícia, os tonton macoute instalados no palácio de pagens e na Favorita.

Por esse motivo, tal como os ministros de Mobuto, Bongo e outros, o mestre das obras de Fradique, digo, o ministro das infra-estruturas e das obra públicas de Fradique, num jogo de aparente paradoxo dual, distracção e concentração manifesta-se mais intranquilo com o término do mercado para publicitar e oficializar a candonga (por eles criado) do que com o abastecimento da água e fornecimento de energia eléctrica para os hospitais e escolas. Onde estão a oposição, sociedade civil e a dita comunidade internacional para travar os desmandos fradiquitas? Todo este atropelo, todo este nojo de puder, ... porque Somos Sãotomenses!

Google