Um Momento de Reflexão por STP - Um espaço ao dispor de todos os amigos de STP

quarta-feira, agosto 30, 2006

SENHOR, TEM PIEDADE DE NÓS! E..., DELES TAMBÉM


Simplificar a defesa da saúde da população pelo seu envolvimento no combate a VHI/SIDA, construção de latrinas e luta contra o paludismo é no mínimo uma grande estapafúrdia. Afirmar que morbilidade e mortalidade devido ao paludismo tem exclusivamente como a causa o mosquito Anofeles gambiase só pode ser de um inapto. Lembro o slogans dos anos 80: “Saúde para Todos no Ano 2000”. Estamos em 2006! Os hospitais e escolas de STP não têm energia eléctrica e não têm água. Há pessoas que passam fome. Há crianças pedintes e não só nas ruas de S. Tomé. Medicamentos contrafeitos a venda nos mercados. Ausência de higiene na cidade de S. Tomé, habitações sem dignidade, enfim.

Confessar que a multiplicação da lixeira em dez ou vinte vezes mais, garante uma grande quantidade de energia para STP, é francamente ingenuidade política de toda a prova. É argumento de alucinação total e, como tal, não pode ser de um responsável político – ministro. O reducionismo é uma visão trivial, fácil, rasca e de acomodação. Um país (sobretudo com características geofísica e climatérica como STP) que aposta na construção de latrinas como um meio de saneamento básico, que afiança que a solução para energia eléctrica é multiplicação da lixeira entre outras barbaridades não merece comentários, mas, somos sãotomenses. Fradique de Menezes, porque ainda tem cinco anos para provar que gosta da terra, só há uma alternativa, mandar estes ministros e outros responsáveis que os seguem a escola. Discordante, é preparar a morte antecipada do seu MDFM, condenar o país a pobreza que se diz umas vezes reduzir e outras vezes combater, é propagar negligentemente enfermidades a médio e longo prazo, entre outras. E, muito mais que por vergonha, vejo-me cerrado de aqui escrever.

A agonia política do MLSTP/PSD e ADI, não aconselham uma análise causa-efeito. Os 30 anos de (des) governação significam pelo menos 3 gerações com direito de voto. Os sãotomenses que tinham 08 anos quando o trovoadismo afrontou STP e impôs o seu Presidente da República, após 10 anos já tinham 18 anos, logo, direito/poder de voto. Conheceram de perto a maldade e vivenciaram as bagunças trovoadistas moribundas. É deste modo (novas gerações) que desapareceu da cena política nacional Pinto da Costa e Miguel Trovoada por intermédio do seu sumido delfim. É sério e real o aviso a Fradique, sua assembleia, seu governo e o seu MDFM. Têm como que num regime totalitário, monolítico condições únicas para mudar, desenvolver STP. Contrário, dentro de cinco anos justificar-se-á o aparecimento de novos partidos políticos. Consequentemente, o desaparecimento dos actuais. Obviamente mais uma frustração no PCD e luta para uma nova aliança para se instalarem comodamente no poder – não sabem fazer outra coisa? Tudo está aberto para o término de dois consequentes mandatos de Fradique. Ou Fradique e os seus mudam essa forma cega, fechada e xenófoba de fazer política assim como o seu MDFM ou então que aguardem respostas similares as que os sãotomenses deram ao MLSTP/PSD e ADI. Fazer política também sugere “ver” a história e mudanças (embora pequena) de mentalidade, particularmente neste mundo globalizado.

Como estratégia de markiting e não só, parece imperativo que renovem quadros, estratégias, estatutos e programas políticos. Quer a sigla MLSTP/PSD, quer a de ADI perderam a sua pertinência ou melhor, a razão de o ser. MLSTP/PSD como partido de libertação e da independência deixou de o ser. Os sãotomenses disseram não. ADI que começou com a sigla ADNSTP (Aliança Democrática Nacional de S. Tomé e Príncipe) como partido para derrota de regime monolítico e autoritário também perdeu a sua pertença, os sãotomenses declamaram não. Somos Sãotomenses.

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