Um Momento de Reflexão por STP - Um espaço ao dispor de todos os amigos de STP

sábado, outubro 07, 2006

O Estado de STP não é Merecedor de Perdão de Dívida

A situação política, social, cultural, económica e financeira estranha de STP é obviamente consequência de más administrações. Mais abreviado, de maus governos. Os diferentes governos corruptos de STP foram tolerados e apoiados durante anos por diferentes Presidentes da República e Estados do nosso e outros continentes. Logo, quer os diferentes Presidentes da República (dois), quer os diferentes países credores ou não, não podem ser salvos de incriminação pela actual situação do meu país. STP é tudo menos um país atraente para investidores sérios privados.


A chamada globalização confronta os sãotomenses com fenómenos semelhantes à colonização do século XVI. Os novos “latifundiários” explicam a sua vitória em função de sua capacidade de adaptar-se a uma nova “cultura de corrupção” e de agir de forma “corruptamente correcta”, ou melhor, como dizem: qwá ê dá ê dá!. Para os “perdedores”, os pobres, desempregados e excluídos, a maioria, essa “cultura corrupta” significa deslocamento físico e psicológico em busca de vida melhor. Para eles, o mundo globalizado não é um mundo sem fronteiras ou de livre-trânsito. É de livre-trânsito aos espaços de exclusão. Em oposição ao desejo do governo de STP e de alguns políticos, sou pelo não perdão de dívida a STP. Sou pela conversão da dívida externa em investimentos mensuráveis na educação e saúde. Porque desse espera-se a elevação dos recursos para sectores sociais estratégicos, compensaria ainda que parcialmente, uma injustiça imposta pelo trovoadismo cadente e desenvolvida pelo fradiquismo refractário. Durante décadas, o sãotomense não teve qualquer direito de opinar nem sobre a necessidade nem sobre o destino desses empréstimos.

O actual governo de STP procura se firmar no actual cenário internacional. Tenta promover perdão para dívidas ditas “impagáveis”. Apesar de ter amigo neste governo, não o defendo e ausento-me de qualquer aplauso. Porque é um governo com membros que não me parecem ter legitimidade político-social de ocuparem funções de estado. São personalidades que não dão garantias de capacidade e de seriedade entre outros. Logo, perdoar dívida significa dar autoridade para que a corrupção se multiplique. Perdoar dívida a STP, traduziria que para além da grande hipocrisia envolvente, é dar possibilidade que esse dinheiro enriqueça mais ainda aos corruptos. É dar possibilidade aos desmandos sociais e políticos. Que credibilidade tem o governo de STP para perdão de dívidas, quando os governantes têm investimentos no estrangeiro empobrecendo duplamente o país?

O antigo e actual Presidente da República que aí está, sugere estar voltado para melhorar as condições de vida da população sãotomense. Sr. Presidente Fradique de Menezes, lembro que o povo mal alimentado, mal instruído, mal-educado e doente é péssima mão-de-obra e fácil massa de manobra para a corja de políticos “inescrupulosos” como os que vimos nas últimas eleições nas patológicas alianças MLSTP/PSD, ADI e restantes por um lado e, por outro, MDFM e PCD – um caldo mal cheiroso de cultura politico-social que temos hoje em STP. É uma aberração ver candidatos dizerem baboseiras que ferem os ouvidos até dos mais surdos. No mínimo, a aqueles que tiveram o privilégio de frequentarem os bancos escolares e que portanto, supostamente têm capacidade de discernimento, devem fazer, é tentar esclarecer os menos favorecidos quanto a seus direitos e, principalmente, tentar ensinar-lhes o que reza nossa Constituição. Não se pode perdoar dívida a um país que quando se por ventura, um destacado político ou membro do governo é tido como suspeito o exército bloqueia o tribunal ou a Procuradoria da Republica. Não se pode perdoar dívida a um país que a comunicação está ao serviço do poder e não disponível ao cidadão, pois Somos Sãotomenses!

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