Um Momento de Reflexão por STP - Um espaço ao dispor de todos os amigos de STP

sábado, abril 07, 2007

NUNCA FOMOS TÃO BAIXOS QUANDO ESTÁ EM CAUSA A NOSSA SOBERANIA!

1. No ano de 1990, a população de STP foi chamada para referendar uma nova Constituição, contrariamente a muitos países africanos com os quais STP tem relações Estado-Estado. Entre outros pressupostos da Constituição referendada está o fim do Estado monocrático e instauração do pluralismo democrático. O pluralismo democrático significa a diversidade de toda variedade de ideias e tendências, inclusive as extremamente retardadas ou adiantadas em relação com as seguidas pela maioria dominante. Foi o fim do Estado que ao longo de cerca de 15 anos antecedentes ao referendo constituiu apenas uma parte especializada nos interesses do todo. É verdade, que, paradoxalmente, os mais ferozes pelo não ao referendo foram os que exactamente mais usufruíram da Constituição e, indo até ao ponto de derrubar governos democraticamente constituídos – é a história que não se conta nem se quer ouvir. STP não se reduz à existência autónoma administrativa e política das suas unidades regionais do Estado, impondo a admissão da heterogeneidade orgânica da estrutura da sociedade civil, enquanto sinónimo da sociedade política. A unidade e a ordem ou orientação de/em STP devem resultar do bem comum, de uma aspiração comum. Em STP os cidadãos são livres de emitir publicamente a sua opinião sem quaisquer constrangimentos. Os cidadãos sãotomenses não são impingidos a venerar, glorificar ou idolatrar um Chefe de Estado ou qualquer outra personalidade pública como se verifica em muitos Estados africanos. Todavia, o Parvo compreende a dificuldade de muitos conviverem em sociedade onde a opinião é livre, onde o pluralismo é um valor. Em STP, como no chamado mundo civilizado, qualquer personalidade pública nacional ou não está exposta a críticas e consequentemente pode e deve exercer, se assim o entender, o seu direito de resposta. Em STP os cidadãos são livres, a informação é livre. Estes nobres pressupostos constituem vestimentas essenciais da Revista “O Parvo”. Os quais o Parvo nunca, mesmo nunca, se demitirá seja a que preço for. Como é sabido, uma coisa são os acordos, os contratos e os protocolos assinados entre os governos e outra é o relacionamento e a relacionação entre as pessoas que nada de concreto tem a ver com o dia a dia dos cidadãos. O Parvo manterá a sua atitude afirmativa como sempre, em nome de valores e não em nome de interesses. Assim, a Revista “O Parvo” declina radicalmente qualquer tipo de chamadas de atenção patética ou intimações seja de quem for, motivado por qualquer tipo de reflexão ou abordagem dos seus articulistas, redactores e colaboradores, quando, os supostos incomodados têm outros meios no país ao dispor para o fazer. Muito menos ainda, acolher criticas de representantes de países cuja prática é o desrespeito total pelos Direitos Humanos.

2. A explosão do fenómeno do consumo e a popularização da droga encontra-se especialmente nos países capitalistas desenvolvidos motivado pelo sintoma da decomposição. O tráfico de drogas foi sempre um negócio capitalista, podendo ser organizado como uma empresa, estimulada pelo lucro. Esta mercadoria que parece publicamente o governo assumir a sua existência em STP ocorre obviamente devidas as condições sociais, políticas, económicas e geoestratégica de STP. A droga é a autodestruição da pessoa e, o seu consumo expressa a desmoralização de sectores inteiros da sociedade. Os sectores geralmente mais afectados são precisamente os mais golpeados pela falta de perspectivas: a juventude condenada ao desemprego crónico, a falta de esperanças e filhos das classes abastadas que sentem a decomposição social e moral. O primeiro episódio de consumo massivo de drogas aconteceu durante a mais impopular das guerras protagonizadas pela “sociedade opulenta”: a Guerra do Vietname. O narcotráfico exerce pressão sobre as economias dos países atrasados. Logo, dadas as alterações introduzidas a partir dos anos 90 do século XX em STP não era de se esperar o contrário, Srs. decisores políticos.

3. Foi curioso o alto e profundo suspiro de alívio e euforia que pareceu manifestar o governo pela perdão de dívida. A intenção foi, pareceu ser, infestar esta euforia a Assembleia e, criar expectativas a população da mesma forma como a chamada descoberta do petróleo no país. Ora, a dívida de STP foi ao longos dos anos, particularmente com o actual governo usada como cavalo de batalha para se tentar justificar o alto nível de pobreza em STP. País em que a maioria da população vive quasi na pobreza absoluta e sem acesso aos mais básicos serviços de subsistência e de sobrevivência. Desejo e espero que a oposição desafie ao governo para que a perdão de dívida, acontecimento que pareceu ser transformado pelo governo de um gesto de boa vontade e de misericórdia para com STP, o motivo nas políticas aplicadas rumo ao desenvolvimento e ao crescimento económico. Pois, a política governativa tem pautado numa vincada falta de transparência de gestão na coisa pública e expedientes altamente protegidas pela partidarização do aparelho do estado. O espírito de corrupção na administração pública atingiu proporções alarmantes que desencorajam qualquer desempenho em prol do desenvolvimento económico e que, como parece, envolvendo os mais altos funcionários e dirigentes do país. O país é caracterizado por má gestão de recursos, a impunidade de figuras envolvidas em crimes de corrupção, peculato e a total ignorância de prioridades para a melhoria da vida dos sãotomenses. O “deixa andar” é o lema.


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