Um Momento de Reflexão por STP - Um espaço ao dispor de todos os amigos de STP

quinta-feira, dezembro 20, 2007

COLONIALISMO? ILHÉU DAS ROLAS, MEU AMOR ROUBADO!

Que analogia existe entre o apartheid sul-africano, situação israelo-palestino, a ilha Diego Garcia controlada pelos britânicos no arquipélago de Chagos no Oceano Índico e o nosso ilhéu das Rolas (Ver O Parvo n.º 277 de 29.12. 2006, página 10), desorientado por um Estado, cuja autoridade é imposta e demonstrada pelo poder das balas compradas no ocidente – mortes cobardes de cidadãos? O conflito presente latente, sobre a usurpação abusiva e o embuste do ilhéu das Rolas é uma nova versão do colonialismo. A defraudação e expulsão da população autóctone do ilhéu das Rolas e arredores das suas terras é semelhante ao que aconteceu com os negros da África do Sul, com os colonizadores da Palestina e o engano e expulsão dos habitantes da ilha Diego Garcia pelo governo inglês enviando-os para o exílio. É esta a verdadeira significância do fradiquismo. Apesar das condições históricas e económicas diferentes, o que está em causa, tal como no ilhéu das Rolas é o domínio da terra por grupos cujo interesse é subjugação de um povo. O ilhéu das Rolas transformou-se num projecto tipo sionista, cujos membros de governo e restantes representantes do Estado de STP, deturpam a imunidade política com a impunidade, tentam negar a existência de uma população nativa vivendo neste espaço, parte integrante do país, conforme a Constituição da República Democrática de STP. Tal como sionismo evocam uma terra sem povo para um povo sem terra. Este projecto sionista do século XXI em STP visa estabelecer uma dominação demográfica estrangeirada onde o sãotomense paga e caro para deslocar dentro da sua terra. Esta brutalidade do fradiquismo na repressão das rebeliões e o sistema de interdição aos sãotmenses dentro do seu território faz nascer um ressentimento popular que está na origem da tradição anticolonial da sociedade sãotomense. Que fique explicito: nós, os sãotomenses sabemos distinguir o detestado colonialismo português e a cultura portuguesa, que faz parte da nossa vida. A política em STP está cada vez mais distante da vida quotidiana dos sãotomenses. As tarefas do dia-a-dia estão bloqueadas de rupturas e se acomodam à um cenário institucional incerto e mutante. A dita democracia, a democracia do papel não é assegurada. Os que utilizam o direito à livre expressão, aqueles que se manifestam opiniões contrárias aos governantes são tidos como que despreocupados e desinteressados com o desenvolvimento do país – são tidos como indesejados no país. A suposta inteligência sãotomense é hoje dirigida por usurpadores, farsantes e, na melhor das hipóteses, cegos guias de cegos. O governo, o Estado de STP tem uma postura autoritária, vive à custa do silêncio anestésico do parlamento e dos partidos políticos. O governo, o Estado de STP entende que não deve satisfações aos cidadãos, age de acordo com a sua conveniência e interesse. Daí a usurpação para recompensar os interesses de alguns habitantes do ilhéu das Rolas, meu amor roubado. Este Estado, este governo não tem uma outra caracterização senão autoritária porque por excelência, representa interesse dos governantes em detrimento do bem geral, nega direitos aos cidadãos e impõe ao país a miséria. Não é por acaso que segundo a Lusa citando a Vitrina afirma que: “altos dirigentes do estado têm sido vistos, nas últimas semanas a tomarem refeições com responsáveis do Grupo Pestana Equador, onde pouco mais de 100 naturais e residentes da ilha recebem ordem de expulsão”. Também não será a mera verborreia que caracteriza o Presidente Fradique que segundo a Lusa ele afirmara: “é o único grupo que está a investir no turismo, tivemos um outro, mas a capacidade e gabarito do grupo Pestana não há”. Tenho que questionar – o que leva, que interesse tem o Sr. Presidente Fradique no tal empreendimento no Ilhéu das Rolas do Grupo Pestana Equador, para que peça a seriedade e não é capaz de pedir seriedade a si próprio e ao seu governo no que diz respeito a bem de todos? Porque Somos Sãotomenses!


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sábado, dezembro 08, 2007

STP e os ayatolá khamanei

Senhor Presidente da Assembleia Nacional

Não Sr. Presidente. Não estou a comportar-me obsessivamente nem o desejo. Refere-se que sou sãotomense como V. Excia e, por sinal, mulato como Sr. e mais ainda, como Sr. Presidente da República – mulatos – que coincidência! E como conjecturo saber, os sãotomenses, aqueles que tiveram esta (in) felicidade de ser poder como V. Excia, Sr. Presidente da República e demais, de democratas parecem ter patavina. Desprezam ou tentam fazer de esquecidos que, o que dirigem, governam e representam são essencialmente pessoas. Habitualmente não respondem aos questionamentos que os cidadãos em pleno direito do seu exercício cívico e político os colocam. Não estava a aguardar uma resposta explícita da parte da V. Excia. E, como depreendo também saber, de acordo com a teoria da comunicação e/ou da segunda cibernética, quando os responsáveis políticos não respondem as questões que os cidadãos os colocam estão objectivamente a responder. O silêncio é comunicação. Como apontam P. Watzlawic, J. Beavin e D. Jackson, investigadores do Instituto de Pesquisa Mental de Palo Alto na Califórnia, o primeiro axioma da comunicação humana é: é impossível não comunicar. Tendencialmente os responsáveis políticos nacionais desejam ser soberanos e governam acima das populações e impõem o seu modo de pensar e agir. Vivem numa dupla vinculação, mediante uma interminável ilusão de alternativas. Para eles, não há alternativas reais entre as quais a “correcta” “deve” ser escolhida, pois toda a suposição de que a escolha é possível e deve ser feita constitui uma ilusão. Tudo devido a incompetência e ausência de saber-fazer. Se calhar Sr. Presidente da A N, a questão deverá estar no facto da nossa constituição reflectir um país imaginário de forma a garantir o direito ilimitado de debate parlamentar. Como consequência, temos uma máquina governamental paralisada, impotente e incapaz para realizar uma mudança nas suas próprias regras. Logo, caiu-se numa coisa a que alguns chamam de jogo democrático que não é senão um jogo sem fim. Lembrei-me Sr. Presidente da A N, do que a rainha de copas disse a Alice: quanto mais corro, mas sinto que estou a ficar para trás.

Senhor Presidente da A N, em nenhuma circunstância da vida justifica matar alguém. Qualquer destruição física da pessoa humana seja por que razão for é um crime. É esta educação para as novas gerações? Não há argumentos morais que justificam matar. Não é primeira vez que em 30 anos da existência do Estado de STP que se mata uma pessoa tentando sempre encontrar explicações estapafúrdicas que só entranham nas cabeças dos que entendem que a verdade está com eles. Esta barbaridade começou com o senso de 1979, morte cobarde de Loreno da Mata e persegue até então – são os mesmos ayatolás com nova roupagem que continuam a matar sãotomenses. Que bom seria Sr. Presidente da A N, que os dirigentes de STP colocassem um espelho diante do País de modo a verem o espectáculo do declínio a que o nosso país chegou fruto da má governação – corrupção, incompetência e outros males. O que se espera Sr. Presidente da A N que as futuras gerações façam? Não se impõe autoridade do Estado com armas. Qualquer país com esta atitude está condenado e mostra bem o carácter e a incapacidade de diálogo dos seus dirigentes. Estes miseráveis e caramutanges tonton macoute que nada sabem fazer da vida senão o servilismo boçal e doentio qualquer dia serão julgados – basta algum tempo. Senhor Presidente da A N será que o Estado de STP está transformado em terra dos ayatolá khamanei? Já agora é mais um jogo de sombras ou melhor, jogo de faz de contas? Até quando? De Loreno da Mata a Cesaltina, a razão das vossas traiçoeiras mortes dar-nos-ão mais oxigénio de exprimirmos a vontade de liberdade contra os sanguinários, os parasitas urbanos que compram as consciências famintas do povo de STP aquando das eleições. Mas nunca, nunca teremos esta brutal e covarde atitude de eliminar fisicamente um compatriota nosso ou não porque Somos Sãotomenses.

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