Um Momento de Reflexão por STP - Um espaço ao dispor de todos os amigos de STP

quinta-feira, dezembro 14, 2006

STP OU NOVO DIEGO GARCIA?

"Quem esquece a sua história, cometerá os mesmos erros"
Não podemos cruzar os braços e adormecer o nosso cérebro, murmurando para um Altíssimo que teima em não nos ouvir nem nos ver, quando nas “nossas barbas” nos saqueiam, nos despojam, nos maltratam, nos enganam e falseiam só porque meia dúzia de nacionais “querem comer tudo”. Tomei conhecimento como todos, como o governo e os deputados sabem do que se passa com os ilhéus das Cabras e das Rolas – expulsão de habitantes, utilização duvidosa do espaço, maus tratos e outros que a rádio e a televisão teimosamente omitem. Tomei conhecimento da notícia: “A Marinha dos Estados Unidos vai iniciar em Janeiro de 2007 a instalação de um sofisticado sistema de radares de vigilância no espaço marítimo são-tomense, cujo projecto está orçado em 18 milhões de dólares americanos, soube-se segunda-feira de fonte diplomática americana em São Tomé.”

Esta como muitas outras notícias surgiu de forma habitual como os jornais tradiocionais em STP fazem -, compromisso não declarado? Mas, questionei-me: porque razão o Estado de STP não confia às Nações Unidas, a defesa do seu espaço aéreo e marítimo mas, dirigidos por comandos nacionais? Lembrei-me de Diego Gracia. Diego Garcia é uma pequena ilha de 217 km quadrados controlada pelos britânicos no arquipélago de Chagos no Oceano Índico, oficialmente conhecido como Território Britânico do Oceano Índico. Está situada estrategicamente tal como STP, a meio caminho entre a Ásia e a África.

Diego Garcia foi outrora o lar de 2 000 pessoas, simpáticas de “raça” negra. São cidadãos britânicos mas, entre 1967 e 1973 foram enganados e expulsos pelo governo inglês para que a sua ilha natal passasse a ser uma base militar dos EUA. Foram enviados para o exílio, espalhados, para um novo lar inóspito nas Ilhas Maurícias e Seychelles depois de uma odisseia de várias semanas. Sete governos britânicos observaram os seus cidadãos deslocados a sofrer e a perecer nas palhotas. Foram forçados a viver e suportar a miséria e a pobreza desesperadas como a que os sãotomenses insistem recusar. Este “acto de deportação em massa” foi tão perturbador e desonesto que foi executado em segredo.

Em 1971, os primeiros militares norte-americanos que desembarcaram em Diego Garcia começaram, com a ajuda de buldôzeres, o trabalho de construção das suas instalações. Os habitantes do atol de Chagos tornaram-se uma população invisível: a sua própria existência era negada nos encontros internacionais, assim como no Congresso norte-americano e no Parlamento britânico. Os documentos de estado civil, que atestavam a realidade de uma população autóctone há várias gerações, tinham sido destruídos ou confiscados. Boatos sabiamente destilados como os que tentam fazer uns especialistas em boatos em STP permitem temer o pior. Após uma intensa “guerra psicológica”, os últimos habitantes do arquipélago acabaram sendo, manu militari, empilhados às centenas nos porões de um navio, sem a possibilidade sequer de levarem os seus bens.

Inteiramente esvaziada dos seus habitantes, a base militar norte-americana de Diego Garcia, isolada no meio do Oceano Índico, é um ponto de apoio muito importante e discreto para qualquer intervenção dirigida à Ásia Central e ao Golfo Pérsico. A base abriga, permanentemente, depósitos de material, de armas e combustível, bem como várias dezenas de edifícios da marinha norte-americana, que, deste modo, se encontram em “posição avançada”. Cerca de quatro mil militares e empregados trabalham activamente no atol dos Chagos (onde fica a base), que serve também, como centro de controle das comunicações e do espaço. Contudo, assim que a verdade surgiu, as coisas mudaram.

Em 11 de Maio de 2006 num veredicto condenatório do Supremo Tribunal considerou “repugnante” a decisão de afastar os chagossianos por insistência dos EUA. A “ordem do conselho” do governo de Blair foi anulada. O Foreign Office tem agora que decidir se vai apelar do veredicto e pode ser pressionado a fazê-lo pelos EUA. Mas, mesmo que o litígio acabe favoravelmente para os chagossianos, não é líquido que alguma vez sejam autorizados a regressar enquanto Diego Garcia se mantiver como importante base militar americana. A administração Bush não respeita a lei, vai provavelmente ignorá-la, e a nova administração americana que vier a ser eleita em 2008 pode vir a fazer o mesmo. Veremos se alguma vez será feita justiça nesta tragédia tão antiga. A história deste desgraçado episódio ficou bem escondida até aos anos 90 quando foi encontrado nos Arquivos Nacionais de Kew, em Londres um “conjunto precioso de documentos que deixaram de ser confidenciais”.

Comprovou-se que havia uma conspiração entre dois governos (EUA e Grande Bretanha) a que o Artigo 7 do estatuto do Tribunal Criminal Internacional se refere como uma “deportação ou transferência forçada duma população (e) um crime contra a humanidade” –; similar ao que parece com a população do ilhéu das Rolas e arredores. Também violou o Artigo 73 da Carta da ONU que obriga um governo colonialista como a Inglaterra a respeitar a sua “confiança sagrada” de proteger os direitos humanos do seu povo. Vergonhosamente, a Inglaterra não fez nada disso e pelo contrário curvou-se obedientemente aos desejos de Washington e obedeceu às suas ordens tal como ainda o faz hoje. Os dois países também se comprometeram num encobrimento enorme durante uma década que chegou ao mais alto nível de ambos os governos, esperando evitar que a verdade alguma vez viesse a ser conhecida.

Os envolvidos incluíram o primeiro-ministro Harold Wilson, a Rainha Isabel e os presidentes Johnson e Nixon, entre outros. Ocultaram tudo, inclusive um suborno financeiro secreto que Washington fez, que foi também escondido do Congresso dos EUA e do Parlamento britânico. Embora possa parecer aos olhos dos que em STP tudo sabem uma ficção, depois de observar tanta asneira e devaneio dos que juraram tudo fazer para STP, declaro que, temo e desconfio que a terra que me viu nascer venha a ser um novo fundamento para os que pretendem ter o poder absoluto, porque Somos Sãotomenses!

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domingo, dezembro 03, 2006

Assunto: Tempo de avaliar o governo

Ao Exmo Senhor Presidente da República, Fradique Bandeira Melo de Menezes


Antecipadamente, fica exarado não só para o público, mas como enunciação genuína, o meu propósito de Natal Alegre e muita Saúde para si no ano que aí se nos aproxima. Como cidadão sãotomense, não comungo, sou divergente e discordante com o estilo de direcção e de gestão imposto em STP há 15 anos. Todavia, tenho por sujeição moral, autenticar que somos para além de pessoas, somos sãotomenses. Logo, fica o meu desígnio empenhado para que tenha saúde na condução de satisfação reservada a STP.

Findos 100 dias do actual governo, sentença ser bom preceito diligenciar enxergá-lo. Não há fundamentos nenhuns de contentamento. Este governo como era previsto, revela inaptidão, inabilidade, improficiência e indestreza totais na prestação indispensável para o progresso de circunstanciais de vida e de defesa dos valores que nos fazem ser pessoas – sãotomenses. Desde a sua composição ficou resplandecente que os ocupantes da maioria dos assentos governamentais não reúnem requisitos que sugerissem idoneidade para realização das suas obrigações. O que se tem visto são teatros de alguns ministros e nada mais. Alias Sr. Presidente, nós, os sãotomenses o que mais sabemos fazer é o cenário. Basta-nos um palco. Veja como o governo lidou com as questões dos resíduos (ainda não esclarecidos), perdão de dívida, dança de directores, cidade saudável, requalificação e outros.

Sei Sr. Presidente, que V.Excia sabe, como disse-me um compatriota nosso, que passo a citar sem o seu consentimento: “…ora acontece que não se ouve ninguém, "só eu é que conto", "só eu é que sei", "só eu sou esperto" … mas acredita que a lógica dessa gente é a de "os cães ladram... e a carruagem passa"...”. Este racciocinio Sr. Presidente é do século findo. Quando existia a chamada guerra-fria. Pois é Sr. Presidente, é esta a lógica que tornou metodologia do seu e de diferentes governos de STP. Já agora Sr. Presidente, este raciocínio senil dos demais políticos parece ter chegado também a alguns deputados. E, como V. Excia compreende, pensar desse modo não pode ser de quem ocupa funções públicas e políticas no tempo actual. Os ministros, directores e outros não estão aí para gerir e dirigir destinos das suas casas. Estão a conduzir e administrar destinos de uma nação que pertence a humanidade. E, se não têm perfil para o efeito devem ser de imediato demitidos. Como Estado de Direito democrático, é isto que se espera de si com o término deste ano Sr. Presidente. V.Excia deu um grande exemplo com a nomeação de três personalidades com estrutura mental de qualidade e vivência política e também académica merecedoras para o Conselho de Estado. Peço mais –, incite os partidos a o fazerem para o bem dos sãotomenses. Demita com urgência para salvar o país, os inaptos que indignamente arrebatam funções que hoje são inaceitáveis com o novo modelo de desenvolvimento.

Sr. Presidente da República, atrevo-me a sugerir que faça uma visita sem aviso prévio e encenação dos seguranças ao nosso hospital central, escolas e luchans em tempo de não campanha. Vossa Excelência contudo correrá um risco, ou o ministro está em viagem assim como directores e chefes ou pura e simplesmente não estão. Reveja o quanto sofre os sãotomenses, a qualidade de ensino, saúde e outros que se oferece, não obstante ao alastramento da doença projectite no país – método de sacar uns dólares e euros. Pergunte aos ministros, directores, chefes políticos o que fizeram e o que vão fazer para alterar esta calamidade. Não se pode ocupar funções públicas de responsabilidade só porque se pertence ao partido do/no poder. É um crime que lesa a pátria. Não se pode aceitar que os ministros e seus directores fartem de se passear pelo mundo quando há cidadãos que morrem por falta de cuidados, ou melhor, por falta de alimentação indirectamente. Já se contabilizou o gasto de cada um destes dirigentes durante o ano? Não se pode permitir que na hora de se produzir se vejam técnicos nas ruas a resolverem os seus problemas pessoais e são pagos pelo Estado.

Sr. Presidente Fradique de Menezes, é apetecível que elucide aos ministros, aos dirigentes que, há cerca de 15 anos que se mudou o paradigma de se dirigir um país, que se mudou o modelo de se fazer política. Hoje, têm que ser os melhores quadros a ocuparem funções públicas como por exemplo, ser-se ministro, director e outros. Não pode ser pessoas mal formadas, com títulos de doutores de escolas ou Universidades duvidosas ou que nunca por lá estiveram sentados na carteira a procura do saber e da sabedoria. Não pode ser pessoas com uns diplomas comprados através de métodos de correspondência conhecidos por todos. As pessoas não podem ocupar funções só porque pertencem a um determinado partido. Este modelo anacrónico atravanca em qualquer parte do mundo o desenvolvimento, promove corrupção e arrasta o país a miserabilismo arrogante. Essa lógica de mentiras, doutores por correspondência e porque usam uns factos da nova ordem estupidológica criam incredibilidade nacional e internacional. Como a própria vida, tudo tem um limite e parece que chega STP continuar a ser orientado por linhagens que não reúnem condições para o fazer, porque é mais importante o país e porque Somos Sãotomenses.

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