Um Momento de Reflexão por STP - Um espaço ao dispor de todos os amigos de STP

domingo, maio 28, 2006

ELEIÇÕES OU CRIAÇÃO DE PARASITAS URBANOS ? (PARTE I)

Desconcertado com o mundo, o nosso corpo torna-se incompreensível, assim como torna-se indecifrável o comportamento exagerado, onde o gesto não se propaga no mundo, mas recai na artificiosa construção de si mesmo. Como o gesto não é simplesmente uma construção de si mesmo, como o gesto não é simplesmente uma realidade fisiológica, mas o veículo das próprias intenções e, portanto, da própria relação com o mundo, assim, todas as manifestações da pessoa surgem e encontram na intersecção de factores biológicos, psicológicos e sócio-ambientais. A compreensão melhora somente quando “como cegos” esperamos ouvir os diversos tipos de ecos que cada passo que damos produz. É impossível e absurdo querer transformar a sociedade reformando, apenas, os indivíduos – os mesmos indivíduos. Quantos indivíduos justos e escrupulosos na sua vida individual não hesitam em mentir, quando são diplomatas, para evitarem conflitos, quando são médicos, para tranquilizarem os doentes, quando são comerciantes ou camponeses, para escoarem a mercadoria, quando são patrões ou directores, para comandar os trabalhadores, etc.? – Espero ter-me feito entender. Esta premissa sugere-me concluir que ser poder em STP é já uma profissão para alguns – e profissão que põe antolhos, que canaliza as virtudes e, não são as virtudes individuais que elevam a profissão do poder em STP. O próprio funcionamento da sociedade são-tomense impede as pessoas de serem virtuosas. É como uma máquina de fabricar escravos e tiranos, zorros e bandidos, candongueiros e esfomeados, ..., enfim. Por isso mais eleições para tudo continuar/encaminhar para pior, para que as “coisas” sigam o rumo que pretendem. O que parece admirar alguns de nós são-tomenses que acreditamos conhecer o valor de ser são-tomense é facto de continuarmos a sujeitar este comportamento e atitude de traição daqueles que não têm feito outra coisa senão poder por poder, para tornarem-nos mais doentes, (quando os seus familiares e amantes são evacuados para Portugal com a epilepsia, por exemplo), para que não tenhamos escola para os nossos filhos (quando os seus estudam em Portugal com bolsas em nosso nome), para comprarmos coisas simples do dia-a-dia com preço de ouro (quando os seus amigos continuam impunemente na candonga). Da História contada e conhecida como sendo uma das virtudes de Sermos Sãotomenses é a preferência de sofrer ou mesmo morrer do que sujeitar humilhações, trabalho escravo, mentira, vigarices, ofensa, insulto, afronta, descompostura, desfeita, injuria, ... pelo amor-próprio, pela honra, auto-estima, auto-confiança e pela dignidade de Sermos Sãotomenses. A atitude de muitos são-tomenses no massacre de Batepá e de famoso censo durante o regime único de Pinto da Costa são alguns exemplo entre muitos da nossa vontade de liberdade e amor-próprio. (continua)

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quinta-feira, maio 25, 2006

Carta aberta do piloto Armindo Graça dirigida ao ministro das infra-estruturas Delfim Neves (PCD)

Exmo. Senhor Ministro das Obras Públicas, Infra-estrutura e Ambiente
C.C Presidente da República
C.C Assembleia Nacional
C.C 1ª Ministra
C.C Presidente do Gov. Regional
C.C Dir. Air S Tomé e Príncipe
C.C Embaixador de Portugal
C.C Dir. Ops
C.C RTP
C.C RDP
C.C TVS
C.C RNSTP
C.C Jornais (Semanário, Parvo, Equador....)


ASSUNTO: CARTA ABERTA


Excelência;


Quinze anos passaram depois dum episódio insólito que marcou pela negativa o destino da Transportadora Nacional e a sorte dos seus quadros. Estávamos então no governo de PCD, tendo como chefe de«o executivo o senhor engenheiro Norbeto da Costa Alegre. Mistral Voyage é seleccionada, entre as empresas estrangeiras concorrentes, como candidata ao sócio maioritário afim de gerir os destinos da AIR S. TOMÉ E PRÍNCIPE: convém salientar que a Transportadora Portuguesa TAP já havia manifestado o seu desinteresse em assumir um tal desiderato. O Primeiro-ministro é obrigado a interferir alegando a ameaça do Governo português em por em causa a cooperação com S. Tomé e Príncipe caso este entendimento venha a se concretizar. A Comissão Negocial é contrariada e forçada a entregar à TAP a responsabilidade de assegurar a gestão da nossa infeliz Transportadora Aérea Nacional em detrimento da decisão já tomada.

Excelência!


Se reportei a estes factos da história da constituição desta nossa Empresa Aérea, foi tão somente com o intuito de melhor situar a todos quantos puderem ler esta minha missiva, esperando deste modo, facilitar o entendimento dos fundamentos da minha luta. Se houver dúvidas, por favor, existem as testemunhas e todas felizmente ainda estão vivas e estou certo que poderão, se assim desejarem, narrar com maior fidelidade, esta longa e inusitada história, para a qual, desde já, convido-vos a todos a reflectir se se tratou de uma vergonha na cooperação portuguesa ou uma prova eloquente de incapacidade e de desorientação dos diferentes governos de S. Tomé e Príncipe.

Excelência!


Seja lá o que for, a verdade é que ficamos com o TWIN OTTER, o avião que TAP decidiu colocar na Campainha Santomense para um período de três (3) meses, depois do mesmo aparelho ter sido rejeitado pelos técnicos guineenses, que certamente não o consideraram digno ouviável para as pretensões do seu país. Portanto é bom esclarecer que este avião chegou ao nosso país vindo da Guiné-Bissau. Seja lá o que for, ficamos também com um Acordo de Manutenção, que pela sua natureza, criou uma dependência grosseira, que tem asfixiado os nossos mecânicos e conferido aos mesmos um certificado colectivo de incompetência, porque transforma as grandes revisões do avião, num pretexto para fazer de S. Tomé e Príncipe, um destino turístico aos mecânicos da TAP, com despesas de hotéis, praia e lazer, por conta de Air S. Tomé e Príncipe. Mas não pretendo entrar em detalhes, nos aspectos duplamente prejudiciais deste acordo, que de resto, já foi alvo de várias denúncias por parte dos quadros da nossa empresa. Eu, pessoalmente até fui conselheiro daP rimeira-ministra Maria das Neves, para a área dosTransporte e Aviação Civil..... Entretanto a TAP continua a afirmar que OFERTOU o avião à S. Tomé ePríncipe. Ficamos ainda, excelência, ao nível das operações de voo, com uma aeronave tecnicamente inviável, mas que forçosamente fora viabilizada, por via de uma política de combustível sector inventada para a Air S. Tomé e Príncipe em desrespeito pelas normas internacionalmente aceites, determinadas pela ICAO(Organização de Aviação Civil Internacional), através do ANEXO 6, cláusula 4.3.6.2.1. (Cópia anexada).

Excelência!


Porque me vejo na contingência de clarificar o método de cálculo de combustível mínimo, para facilitar o entendimento da gravidade do que se está acontecendo, esforçar-me – ei para ser menos cansativo possível, evitando entrar em detalhes técnicos na medida do possível. Tomarei como exemplo o voo conduzido através das regras de novo voo por instrumento (IFR), com destino para o príncipe, tendo como alternante o aeroporto do Libreville. De acordo com as regras, e tendo em conta o consumo do avião, o piloto precisa de cerca de 400 libras de combustível para este destino, 6 15% + o combustível para o táxi + 400 libras para o regresso à S. Tomé + 15% + cerca de 650 libras para o caso de não poder aterrar em S. Tomé, ou seja, para alcançar o alternante, Libreville em segurança, + o combustível para aproximação em Librevelle + o “overchoot”, ou seja a eventualidade de falha a aterragem +45 minutos de combustível de reserva, de onde extrairíamos a seguinte soma:
400+60+30+400+60+650+70+15+336=2021libras.
De outro modo, podemos tomar como referência a política de combustível sector, normal das LAR (LinhasAéreas Regionais de Portugal), que nos foi facultada através do manual de Operações de Voo (MOV) desta Companinha, que reduz os tais 15% da ICAO para 10% na fórmula de cálculo de combustível. Neste caso teríamosa seguinte soma:
400+40+30+400+40+650+70+15+336=1981libras.
Entretanto, a cláusula 4.3.6.2.1, do ANEXO 6 da ICAO ainda admite a possibilidade da decisão de alternar para Librevelle ocorrer ao meio do caminho entre as duas ilhas. Este ponto se situa a cerca de 154 milhas de Libreville, e até lá teríamos consumido cerca de 200 libras de combustível, estando a cerca de 40 milhas de S. Tomé. Neste caso, mesmo pondo de lado os 15% da ICAO, e servindo-nos dos 10% das LAR, teríamos o seguinte calculo:
400+40+30+200+550+70+15+336=1661libras.
Repara que nenhum destes cálculos apresentado não nos dão o resultado de 1600 libras de combustível, valor deixado pela TAP! Todavia sabemos que tomando a decisão de alternar bem antes do ponto referido no parágrafo anterior ser-nos-ia possível a prática desta política de combustível se não fossem as condicionantes da nossa realidade socioeconómica e climática que seria um crime não considerar. É que esta política de combustível não deve ser aplicada num país como o nosso pois ela não admite a eventualidade de falhas ou interrupções de comunicação, nem na Torre nem no avião, o que o tornadeveras perigoso para a segurança operacional, num país que se sabe de microclima, situado numa zona de confluência de massas de ar, que determinam muitasvezes. Evoluções bastante rápidas do tempo.... (deixo o resto por conta dos meteorologistas...). Nós os funcionários das operações da Air S. Tomé e Príncipe, sempre soubemos que o legado da política da TAP para a viabilização do avião TWIN OTTER, não era segura e condenava-nos a voar somente com bom tempo, o que seria impensável na nossa região do Golfo da Guiné. Tivemos experiências amargas de termos chegados vivos, num dia de mau tempo. À tangência, com os depósitos quase vazios. Deste então decidimos carregar à nossa discrição + 400 libras de combustível para a nossa própria segurança. Se o sacrifício era para três (3)meses até que valia apenas aceitá-lo. Só que de três(3) meses já se passaram quinze (15) ano. Aceitando estes e outros sacrifícios como a necessidade de compatibilização de salários em função das categorias, recusa dos diferentes directores em aprovar o Regulamento interno que elaboramos ao pedido de um deles, a formação etc., fomos aguentando. Esperando por outra aeronave e por dias melhores fomos até ganhando o reconhecimento até preferência (perguntem algumas embaixadas e serviços que operam o país). Mas, o que ninguém sabe, é que com + 400 libras de combustível, a empresa teria que diminuir o número de passageiros e ficar penalizada, ao contrário da realidade que enfrentamos no nosso dia a dia laboral. Sendo assim, teremos que continuar a contar com a colaboração da providência divina de nos proteger o funcionamento dos dois (2) motores. Pois que em caso de falha de um deles, com 2000 libras de combustível e o avião carregado, vamos todos fazer companhia aos barcos BABEMZELÊ, BRIZA DO MAR, TROPICAL E ELIZABETE; e muitas vidas perdidas que jazem, esquecidos no fundo do mar, fruto de teimosia e de andar.

Excelência!


Se levanto estas questões hoje é porque saturei. Quinze anos de espera são demais. É Preciso dizer aoPaís e ao mundo que este avião não é viável. Até mesmo o cidadão comum sabe que este avião não serve. Será que os portugueses acham que é isto que os santomenses merecem? O que é que a TAP quer afinal? Não dão a formação, não mudam o avião, não dançam nem tocam, só empatam! Se os outros colegas não reclamam, não significa que estão satisfeitos. Se calam por medo ou alguma conveniência, pergunte para eles! Só sei que existem muitas pressões, que vão desde os passageiros,p assando pelo QUIBUTEIROS da própria Air S. Tomé, e muitas outras que nem vou citar, que continuam a“VIABILIZAR” um avião sem casa de banho, sem condições, vistas ao olho nu. Por tudo isto, gostaria de lançar um veemente apelo através de si, senhor Ministros, ao Presidente da República, à Assembleia Nacional, ao Primeiro Ministro, ao Presidente do Governo Regional doPríncipe e a todos os santomenses de boa vontade, de tudo fazer para nos ajudar a travar esta farsa. Quanto a nós somos obrigados a continuar a voar! Falei da ausência de formação, de salário, escrevi, acusei a empresa de praticar a amputação profissional, aconselhei o director a diminuir a frequência dos voos à Libreville, especialmente os voos de domingo que acarretam custos adicionais por causa das taxas de iluminação nos dois aeroportos, diminui a frequência da minha escala de voo, sem prejuízos, senão para mim mesmo, como forma de protesto, sabem qual foi a resposta da empresa? Foram 27 dias de corte do salário, sem nem mais nem menos. Por isso vamos continuar a voar. Se morrermos um dia, pelo menos a nação e o mundo conheceram o meu testemunho. Pergunto: Vergonha na cooperação portuguesa, ou prova eloquente da incapacidade e de desorientação dos diferentes governos de S. Tomé e Príncipe? Ao senhor director, quero que saiba, que não passa de um patinho no meio de pintainhos. Está perdoado. A minha luta não é nem pode ser contra ele. O meu inconformismo assumido leva-me a obrigação moral. Enquanto santomense, profissional e político, a lutar por uma empresa capaz de contribuir para o bem-estar colectivo, num S. Tomé e Príncipe que queremos melhorar para todos. Todavia, como homem de Estado,t endo em conta as funções que já ocupou, conhecedor, creio, de normas legais, saberá, espero, respeitar o meu salário arbitrariamente violado. Por hoje fico por aqui. Sem outro assunto receba Excelência os protestos da minha mais alta consideração e estima


S. Tomé aos 11 dias de maio de 2006.
N.B: 1 libras de combustível é igual a 0,46 Kg = a 0,57 litro,
ARMINDO GRAÇA
Piloto – Aviador (de Profissão)
Presidente do PRD

Fonte:http://www.cstome.net/vitrina/Carta%20Aberta.htm

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quarta-feira, maio 24, 2006

Único avião da Air São Tomé despenhou-se no mar


2006-05-24 15:01:10

Quatro pessoas seguiam a bordo do aparelho. O único avião de que dispõe a transportadora aérea Air São Tomé, de São Tomé e Príncipe, caiu na noite desta terça-feira no mar, quando transportava quatro tripulantes, não havendo informação de sobreviventes deste acidente.

O acidente deu-se por volta das 18h22, depois de ter efectuado um voo comercial para Libreville e outro para a ilha irmã do Príncipe. O aparelho de marca Twin Otter com capacidade para 12 passageiros caiu no mar e está mergulhado a cerca de duas milhas da costa, bem perto do Ilhéu das Cabras. No aparelho encontravam-se quatro ocupantes, entre eles um instrutor de nacionalidade gabonesa, Camille Malekou, nascido em 8 de Março de 1960, um aviador recém-formado, Osvaldo Metzger, e dois ocupantes. Segundo a informação recolhida pelo Jornal.st., não há sobreviventes e a causa do acidente é ainda desconhecida.«No avião encontravam-se quatro ocupantes e tratava-se de um voo técnico de instrução em que deveriam estar apenas dois passageiros», disse o ministro das Infra-estruturas e Obras Publicas do arquipélago, Delfim Neves. «Estamos a investigar como é que estes ocupantes estavam a bordo», assegurou.«Quanto aos procedimentos técnicos e inquéritos que se deve fazer para se apurar a causa do acidente, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), a Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ENASA) e a própria Air São Tomé vão pedir apoios internacionais para resgate dos corpos», acrescentou o governante, lembrando que «até agora só se conseguiu resgatar um corpo».No que se refere ao apoio a dar às famílias das vítimas, Delfim Neves declarou que a questão «vai ser equacionada».

«O Governo está preocupado com esta situação e irá tomar uma decisão», referiu, desejando à família enlutada, em nome do Executivo, «as mais profundas condolências».Comentando a presença no voo de treino de pessoas consideradas «estranhas», o ministro conclui tratar-se de «uma questão técnica que a Aviação Civil e a direcção da Empresa Air São Tomé irão saber como lidar».«É estranho essa presença e essas pessoas não estão autorizadas a estar o bordo. A pessoa que poderia assumir essa responsabilidade também faleceu, daí que cabe à empresa lidar com a matéria.

Agora a nossa preocupação está centrada na busca dos corpos», afirmou Delfim Neves.«Até este momento não conhecemos as causas» do acidente, disse também o director da Air São Tomé, Alcino Pinto. «Ontem era o penúltimo dia do programa que o piloto iria cumprir e estava particularmente a cumprir um programa concernente a aterragens nocturnas», precisou, acrescentando que este, acompanhado do seu instrutor, deveria efectuar cinco aterragens. «Tinha já feito duas e não conseguiu realizar a terceira», porque o avião despenhou-se», referiu o mesmo responsável.«Esperemos que os órgãos competentes responsáveis pela investigação do caso continuem a recolher informações. Estou convencido que iremos conhecer as causas efectivas do acidente e lamentamos a perdas humanas», Alcino Pinto que também endereçou condolência às famílias das vítimas.«Aproveito para agradecer a todos aqueles que deram apoio, visto que as condições de busca e salvamento são extremamente difíceis e nós conseguimos obter uma ampla colaboração de cidadãos anónimos e das Forças Armadas através da sua componente marinha, em particular aos pescadores da Praia Cruz.

A busca continua sem grande sucesso até este momento», concluiu o director da Air São Tomé.O avião tem seguro e o seu contrato é válido até ao dia 17 de Agosto deste ano.O acidente acontece uma semana e pouco depois do piloto Armindo Graça, também presidente do Partido de Renovação Democrática (PRD), ter enviado ao ministro das Obras Públicas e Infra-estruturas uma carta aberta à Air São Tomé, com cópias aos órgãos de soberania, presidente do Governo Regional, comunicação social e embaixador de Portugal no arquipélago, a denunciar múltiplas situações «anómalas» e o perigo que os passageiros e os pilotos podem estar a correr viajando neste Twin Otter, aparelho que já opera há cerca de 15 anos.

Trata-se de uma aparelho que Portugal ofereceu à transportadora são-tomense para funcionar durante um período experimental de três meses, no quadro da sua participação no capital social da Air São Tomé.Segundo Armindo Graça, a resposta que teve da empresa foram «27 dias de corte de salário, sem mais nem menos».

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terça-feira, maio 23, 2006

Debate "São Tomé e Príncipe- Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável"

Caros Associados,
Vimos por este meio divulgar que, no âmbito do tema "*São Tomé e Príncipe- Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável*", terá lugar no dia *23 de Maio*, às 15 horas, na *Sala de Actos* do Instituto Superior de Agronomia, um debate organizado pelo Centro de Investigação de Agronomia Tropical/ Cooperação e Desenvolvimento (CIAT) e DAIAT.

Com os melhores cumprimentos, Zélia Soares.

CENTROP- Centro de Estudos Tropicais para o Desenvolvimento Instituto Superior de Agronomia
Tapada da Ajuda
1349-017 Lisboa

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Há Bloqueio em S. Tomé e Príncipe!

Os jornais, as rádios e as televisões não o noticiaram mas, anuncio ao País – STP bloqueou! Não; não se trata desta vez de um bloqueio imposto pelos EUA ou por aquilo que habitualmente se cognomina de comunidade internacional (por exemplo, Cuba onde irá Fradique de Menezes em Setembro e, a eleição presidencial é em 30 de Julho - curioso). Trata-se de um sequestro aos sãotomenses cujos falsários por ventura também são nacionais. Trata-se de um número bem determinado de nacionais estonteados pelo poder, ou dito de outra forma, pelo petróleo e a riqueza da terra, que é a própria terra, que me viu e nos viu nascer. Trata-se de nacionais rodeados dos mesmos xerifes obstinados cuja missão é paralisar o poder judicial e legislativo quando o patrão assim o entender. Instalou-se há algum tempo em STP, uma desmesurada obstrução política, económica, social, cultural e outras, de forma obsessivo-compulsiva. Sim, trata-se de rancho incessante de homens, cuja cisma é a permanência infinita no poder tal como nos vizinhos Gabão e ex Congo de Mobuto, entre outros tantos países da África e não só. Que Fradique de Menezes pretende ser Bongo/Mobuto a sãotomense parece não haver dúvidas e, que o Partido da Convergência Democrática (PCD) quer sacar uns fanicos também não. As acusações do PCD a oposição desta querer “entravar" a acção do governo e dividir a coligação face às presidenciais de 30 de Julho é um bom e útil indicador disso mesmo. Um governo que ainda não apresentou o seu programa na Assembleia mas, em contrapartida, o seu mestre de obras de construção civil, digo, o seu ministro das Obras Públicas admite abrir a operadores privados a empresa pública de Correios de STP por a considerar "falida tecnicamente". O que o ministro não disse por amnésia antero-retrogada, já agora, faço lembrar é que, este seu governo é um bloqueio e, ele próprio, o ministro é a espécime ou se quiser, a revelação. Entretanto, registo o meu ruído: que mundo ouça os sãotomenses, STP está bloqueado! A descapitalização dos partidos políticos, dos nacionais, preparação de militares especiais para “defesa” (?) de um dado Presidente da República, compra de determinados bens por um Presidente, criação do chamado governo sombra entre outras são estratégias, ou melhor, imitação de modelos que ontem vulgarmente se apelidava de neocolonialismo, não sugerem uma outra coisa senão Fradiquismo absoluto. Mais um “banho” se advinha, mais compra de votos se nos aproxima, mais insolentes declarações dos chamados observadores internacionais se nos avizinha (“.... eleições... consideradas justas ... apesar de irregularidades ...). É isso a que Fradique nos fixou para que a partir de 30 de Julho de 2006 seja ele o dono do petróleo, uma Assembleia sua, um governo seu, uma força militar sua e consequentemente de STP; isto, porque Somos Sãotomenses!

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sábado, maio 20, 2006

O Livro da Semana


O jornalista e escritor português Pedro Rosa Mendes(1968 - ) acabou de publicar um romance situado emS .Tomé: LENIN OIL -O Poder do Petróleo e os Mistérios de África - História de um Agente Norte Americano, residente em São Tomé... Lisboa, Dom Quixote, 2006, 160p, Ilustr. Alain Corbel, ISBN 972-20-3133-3. 13,30€

Em 1999 o mesmo autor publicou o seu primeiro livro "Baía dos Tigres", também nas Publicações Dom Quixote que recebeu o Prémio de Fição do PEN Clube. O livro também foi publicado em Espanha, França, Alemanha, Itália, Inglaterra e EUA.

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CANDONGUEIROS AO …. OU GOVERNO ZERO?


A chamada democracia em África para uns e a democracia africana para outros, tem destas coisas. Basta um hino nacional, de preferência com conceitos nacionalistas e/ou revolucionários, uma bandeira, se possível com pelo menos um bocado de cor preta, uma constituição dita de modelo ocidental, proliferação de partidos políticos e com o ingrediente de tempo em tempo realizar-se uma pseudo-eleição, afirma-se: o país é democrático! Esta triste evidência é confirmada pelas declarações públicas dos chamados observadores internacionais na ocasião da última eleição legislativa de 2006 em STP: “… apesar, …, considera-se, … eleições justas”. Esta gente, estes chamados observadores apedrejam-nos (in) delicadamente e, nós feitos de boas ovelhas damos vivas sem fim. É isso o chamado terceiro mundo, é isso a África e é isto STP. De seguida temos um governo com candongueiros, gente sem escrúpulo mais uma vez. Também não é de estranhar porque parece que STP está com tendências habituar-se a candonguice e a misturar candonga com a política desde da base ao topo. Aliás, esta nota é dada com um dos primeiros actos do Sr. Ministro das Obras Públicas e Infra-estruturas na tentativa de facilitar a vida a candonguice. Em contrapartida, hospital central está em ruínas não tem água nem luz, as escolas a mesma coisa, o país carregado de doutores e engenheiros caídos de não se sabe de onde, desqualificam-se os quadros com competência e tudo é feito para perpetuar Fradique de Menezes e o seu partido político no poder – é assim o petróleo. Cada vez que se declara uma eleição os candongueiros entram num patético frenesim e esfregam a cara porque é o momento de dar contas à vidinha. Utilizam os partidos como instrumento de sucesso pessoal. Daí que os homens do markting destes partidos são os criminosos, vadios, preguiçosos e bandidos. Meus amigos, o candongueiro não governa em função de um contrato que estabelece com os seus. Diz O’Neill, :“Saber viver é vender a alma ao diabo,/a um diabo humanal, sem qualquer transcendência,/a um diabo que não espreita a alma, mas o furo,/a um santanazim que se dá por contente/de te levar a ti, de escarnecer de mim". É para mim muito constrangedor falar de membros deste governo porque tenho no elenco pessoas muito amigas, pessoas que comigo e outros perdemos horas a discutir sobre STP – falo por exemplo, do Dr. Justino Veiga. Pessoa em que, em diferentes ocasiões, sem o seu mandato, fui em sua defesa, porque aprendi com o tempo que, com os amigos fala-se e não se manda recados. O que me preocupa é o facto de saber que um peixe corrompido/corrupto entre milhões arruina-os mas, o contrário não é verdadeiro. Já agora, para que não se coloque a dúvida, zero é a expressão da quantidade existencial do nada – eis o governo que temos porque Somos Sãotomesnses.

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Não se esqueçam de votar!


Não se esqueçam de votar no inquérito que está a decorrer.

Até ao momento Ambrósio Quaresma tem 60% dos votos.

Votem em consciência porque cada pessoa só pode votar 1 vez!

Saudações

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GOVERNANTES AD ETERNO


De facto tem um sobrinho meu, razão quando afirma que STP é o país mais livre do mundo. E, já agora, afirmo onde os dirigentes o são ad eterno. É curioso esse tipo de Estado de Direito Democrático. Se não vejamos o quanto STP é Estado de Direito Democrático. Após a queda de um governo constatamos incursão dos ex-membros do governo a Europa, particularmente a Portugal. Com certeza, é aí onde alguns muitos têm investimentos ganhos durante o (des) mandato, como por exemplo uma moradia, cartão de residente e outros. Durante a campanha para eleições compra-se votos dos eleitores apesar de contrariar a lei e, a Comissão Eleitoral, Tribunal e os chamados observadores internacionais concluem: “ ... estas eleições foram normais, ...”. Desvia-se a água que devia abastecer o Hospital Central ninguém parece ver. Qualquer cidadão que regressa ao país após 2/3 anos no estrangeiro é doutor e ninguém sabe onde estudou, o que estudou e o resultado. Depois do (des) cumprimento dos (des) mandatos, os dirigentes possuidores de passaportes encarnados continuam a viajar com os mesmos sem que alguém tenha poder para os retirar referidos passaportes. As escolas, a população não têm água, não há saneamento do meio e, os malandros dirigentes continuam a tagarelar na rádio e na televisão públicas que se deve lavar as mãos, fazer isto e aquilo, ... Já agora Senhor Director de Saúde Pública do Ministério da Saúde de STP já viu e percebeu o que é a cólera? Viu o que está infelizmente acontecer em Angola?

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quinta-feira, maio 18, 2006

FRADIQUISMO ABSOLUTO VS DOENTIO


A embriaguez pelo poder, riqueza fácil e imediato de alguns nacionais (execráveis) levou STP a um patamar jamais imaginado. Os políticos/dirigentes/governantes de STP governam pela brutalidade e expulsam valores santomenses, regras sociais e os direitos consuetudinários (direitos fundados nos costumes) das populações que garantem a sobrevivência certa, se bem que pobre. A boçalidade e a incivilidade pelos direitos assentes em costumes e regras de boa convivência ficaram demonstrados (se ainda havia dúvidas) pelo comportamento de Fradique de Menezes em relação aos partidos políticos na última eleição legislativa em que o seu partido foi vencedor. É que desta vez interessou-lhe ver com um dado olhar a Constituição. Aliás, como se vê colocou em lugares estratégicos os elementos do seu governo sombra que estavam instalados no palácio – o mesmo que chamam palácio do povo, prefiro palácio de pagens. Esta casta de políticos resumido em Fradique de Menezes fazem mergulhar os santomenses no mais absoluto desespero. O autismo caprichoso por maldição com todos outros males envolventes dos governantes provocará contramovimentos incontroláveis. Como forças destrutivas que são levarão num primeiro instante a destruição do sistema sãotomense como se conhece. Ninguém de bom senso pode ignorar que existem indícios suficientes que sugerem a aproximação de um terramoto político em STP encabeçado por Fradique e seus xerifes. E, isto não pode deixar de constituir um desafio para todos os sãotomenses. Fradique através do seu governo mandou cancelar o alargamento e reparação do Banco Central de STP. Não interessa a Fradique este banco porque já tem o seu. Também não pode ser uma empresa que não seja a sua a tratar dum tal negócio de milhões. O governador do Banco Central não deu a cara, resguardou-se. Com este movimento fradiquista absoluto não se pode perder o tacho. Mas, o fradiquismo porque também é doentio não mandou suspender obras a 20/30 metros da costa- verdadeiro atentado ecológico. Não mandou por término as construções desordenadas que em breve trará sérios problemas ambientais – e, para que os ditos técnicos apregoem que está-se perante um surto de cólera e.... A maioria dos ditos construtores são fradiquistas e homens do markting da política fradiquista. Uma sociedade de constituição democrática só é estável quando os seus eleitores se sentem e sabem que o que são os seus direitos e os interesses de todos. E, não apenas os dos indivíduos que gozam de supremacia política. Em STP os intitulados de políticos democráticos exercem pressão para obterem uma compensação social e restringem a liberdade do indivíduo em proveito do bem comum.

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segunda-feira, maio 15, 2006

MOBUTUS E BONGOS SÃOTOMENSES

Senhor Fradique de Menezs: “nada adianta o vento estar a favor se não se sabe para onde virar o leme”. É cruel o destino a que Fradique de Menezes, Miguel Trovoada e Pinto da Costa impuseram aos sãotomenses! O negócio do petróleo está entregue aos corruptos e clientelismo político. Uma coisa parece certa, não tenhamos dúvidas “dia mais dia” um pronunciamento popular será desencadeado em STP – não há xerife que aguente. Pinto da Costa, Miguel Trovoada, Fradique de Menezes e respectivos sequazes obliterados mentalmente, aprenderam e bem, as lições dos corruptos dirigentes da África bem conhecidos e, decretaram a STP o mesmo figurino político, social e económico cujas consequências vemos, vivenciamos e assistimos hoje em África e estamos a ver, vivenciar e assistir, já e agora em STP. Estes deploráveis dirigentes a que STP conhece há cerca de três décadas, afirmam nacionalistas, defensores de valores de STP, promotores do desenvolvimento e da democracia e outros “lengalenga” não são mais do que mobutus e bongos de STP. Levaram e continuam a aproximar o País a “miserabilidade” de tudo, jamais visto e esperado em STP. A estratégia é a mesma: a) terem pelo menos duas nacionalidades sendo uma europeia; b) colocar nos bancos europeus volumosas quantias financeira; c) controlar a informação/comunicação social nacional; d) comprar pagens, farrapões, pobretões moral, espiritual, mental e intelectual nacionais; e) investir na Europa, como por exemplo, compra de apartamentos; f) oferecer umas viagens a vigaristas e incompetentes; g) convidar fracos que estudaram na Europa por motivo de imagem para ministros ou lugares de destaque; h) financiar por meios obscuro a “oposição”, enfim. Sr. Presidente da República, não faça mais do que tem feito! Exigimos que nos respeitem! Qual é o seu currículo Sr. Presidente da República? O Sr. Foi militar do exercito colonial português (os comandos) que combateu contra Samora Moisés Machel; FRELIMO e o povo Moçambicano. Esqueceu-se? Teria sido o Sr. Também ex-PIDE-DGS? Não se esqueça Sr. Presidente, cada vez que aponta o seu dedo indicador contra um cidadão, os restantes quatro seus dedos estão apontados contra si! “ Em dia de vitória ninguém fica cansado”. (In Revista “O Parvo” de 2005/03/10)

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sábado, maio 13, 2006

CANDOGUEIROS POLÍTICOS?! - Parte I

Que gente meu Deus! Há dez anos a esta parte, STP tornou um mar onde o desespero e a confiança parecem partilhar o mesmo. Alguns dirigentes políticos rezam ansiosamente para novas eleições de modo a baterem as palmas e ganharem algumas sobras dos outros. Miséria! Diz K. Adenauer que: “vivemos todos sob o mesmo céu, mas nem todos temos os mesmos horizontes”. Com a queda do muro de Berlim e o aparecimento do muro de dinheirocracia eleitoral em STP; políticos e/ou partidos políticos da nossa terra caracterizam essencialmente por três tipos:
1. os partidos e/ou políticos que imperam na fuga à realidade nacional.
2. políticos que passam demasiado tempo a imaginar planos fantasiosos. Fantasia, é uma satisfação alucinatória e provisória do desejo. É por exemplo, uma pessoa que sonha com um amor impossível por uma vedeta, coleccionando os seus filmes, as fotografias, os discos, enquanto vai ignorando as verdadeiras pessoas que a circundam. Nestes, quanto mais grave é o contexto interno e externo seu e do seu partido, procuram soluções milagrosas que resolvam os seus problemas de uma só vez. Assim, acreditam nos gabarolas, supérfluos, aventureiros e recusam propostas mais modestas, mais realistas e eficazes para a nossa terra. Quando se falam com eles, fica-se com a impressão de que estão cheio de ideias e projectos em vias de realização, mas, na verdade, agitam-se por entre fantasias megalómanas e vão vivendo dia a dia. 3. – é representado pelos partidos e políticos que querem ser grandes construtores, grandes executores, mas que não têm a inteligência, nem qualidades morais. Estão sempre com ouvidos à escuta no que os rodeia, extorquindo novas ideias e sugestões às pessoas que encontram. E, em seguida vendem-nas como projectos próprios, são os papagaios presunçosos. Por palavra, por linguagem serei ceifado mas, prefiro assim que, morrer oprimido pelo que penso e exprimo com o que é exclusivo na pessoa humana – linguagem. Em conversa com alguns quadros, há anos, tentei perceber o que o intimo lhes dita, e o que a consciência oprime por imperativo social, conclui: todas as formas de visualizar um STP feliz, repleto de justiça e de perfeição, desencadeiam numa esperança do resgate, da libertação. É como que vivêssemos num país ocupado por uma potência estrangeira ou dominada por um partido totalitário que persegue os quadros. Enquanto este partido totalitário e/ou a potência estrangeira dominam STP, nenhum quadro competente poderá alguma vez atingir a posição social que merece e obter as honras que se ganharam devidamente.
Continua...

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CANDOGUEIROS POLÍTICOS?! - Parte II

Os que dominam STP dizem que cada um recebe de acordo com a justiça. Mas isso só é válido para eles. Não se dão oportunidades a quadros nacionais competentes, os filhos dos pobres, dos sem ou não ligados ao poder, não podem aceder às suas escolas, não podem fazer um mesmo percurso em termos de carreira. E mesmo quando parecem tolerantes, há sempre um momento em que os quadros são esbarrados pelo caminho e preferem qualquer um entre os membros do ciclo vicioso do poder, independentemente daquilo que os quadros competentes provaram saber fazer. O mesmo é válido para a justiça com os pobres – os grandes roubam (por exemplo, tesouro público e outros) passam vida a passear e têm bons empregos, viagens constantes ao estrangeiro, os pobres, estes vão aos calabouços e, ... . Porque o poder dos viciosos pelo poder não sabem fazer mais nada, afirma que a lei é igual para todos, mas não é igual para os pobres e os competentes quadros nacionais, preferem ir a busca por exemplo de professores, médicos, enfermeiros estrangeiros, sob o pretexto de cooperação. Quando os quadros protestam, estes são prontamente incriminados. Os senhores do poder, os mesmos de sempre, decidem tudo entre eles, distribuem entre si os cargos, agarram para si as riquezas (ver a história do sigilo do petróleo) e a administração da justiça. Fazem pouco dos quadros, humilham os quadros. Por tudo isto, e mais que não disse, não posso também deixar de desejar o dia do resgate, da libertação, e preparar-me para a luta, para a batalha contra a dinheirocracia. Mas tenho a sensação que ninguém pode resistir por muito tempo se não imaginar, de quando em vez, o momento da vitória, da libertação, do triunfo. Dado a istória da tentativa do assassinato do Chefe do Estado (ilegal), já agora, deixa-me ser psicólogo-conselheiro da Sua Excelência, uma vez que foi a sua intenção ser psicólogo, aí vai: o domínio da ansiedade é uma qualidade essencial do chefe. O comandante de um navio, mesmo nas mais medonhas tempestade, deve dar a impressão de que controla o perigo. Ai dele se fizer transparecer a sua ansiedade, o seu receio – a tripulação entra em pânico e o navio vai contra os rochedos. Como também foi militar, faço-me do conselheiro militar; recorde-se que o inimigo, na guerra, procura enfraquecer-nos, suscitando notícias negativas. Ele procura despedaçar a nossa moral, gerando a desconfiança na vitória, induzindo em nós o pessimismo – “quem nunca altera a sua opinião é como a água parada e começa a criar répteis no espírito(W. Blade).

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sexta-feira, maio 12, 2006

CAÍRAM A CARMO E A TRINDADE - PARTE II

O mais ridículo, vergonhoso e escandaloso, são os conselhos agressivos transmitidos pelas personalidades responsáveis (suponho) utilizando antenas de estações da rádio e televisão nacionais no sentido de não fazer,…, não beber,… não, não sei o quê, … quando as escolas (para ser mais prático e objectivo) não têm “casas de banho”, não têm água corrente e outros instrumentos básicos para sobrevivência humana. Mais ainda, porque em STP diz-se, ouvi dizer, fala-se que com apoio de alguns técnicos nacionais (os mesmos de sempre) e o apadrinhamento do PNUD em STP pretende-se construir algumas dezenas de latrinas – que malícia. Será que os responsáveis de PNUD em STP e os referidos técnicos são uma mesma coisa? Maldita sorte de STP! O conhecimento não é informação e, o conhecimento de nós próprios não é o conhecimento de STP. Teriam os responsáveis da saúde, do PNUD e outros ouvidos os engenheiros civis, sanitários, geógrafos, geólogos, biólogos e outros técnicos nacionais com competência com o propósito de se conhecer as características dos solos e subsolos de STP? Como cidadão livre de STP repúdio mais uma manobra dilatória de alguns nacionais com consentimento de instituições supostas credíveis num jogo de pura mentira e incompetência cujas consequências são graves para o país. Aos responsáveis pelas toscas afirmações sobre a cólera sugeria se me fizessem o favor de reflectirem sobre a praga de caramujo africano (búzio), conhecido por falso escargot (achatina fulica) causadora de angiostrondilíase meningoencefálica e angiostrondilíase abdominal que parece ter transformado no prato único de STP; isto porque como é hábito na nossa para não passarmos de iguaria à praga.

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quinta-feira, maio 11, 2006

CAÍRAM A CARMO E A TRINDADE – “DIARREIA DA POBREZA OU CÓLERA”?




Que maldade?! Afirmar que não se pode fazer isto ou aquilo porque a população não tem emprego, não tem o que comer, ou porque a população reagirá desta ou daquela maneira, ou melhor, por exemplo, afirmar-se que não se pode acabar com “bancos ambulantes”, feira de ponto e outras imundices que circulam de modo provocador em STP, porque o povo faz isto ou aquilo é estimular e promover a continuidade de espurcícias. Que não existe o Estado já sabemos, mas isto não é “de bom-tom” e não deve ser o motivo de utilizar a locução povo para justificar a inexistência e ineficácia de um Estado que parece não existir.

Há coisas que acontecem no Estado mais livre do mundo (STP diz o meu sobrinho) que colocam-nos de boquiaberta. Nos últimos dias tenho, temos como sãotomenses livres, canhoneados por informações provenientes de fontes que deveriam merecer a maior credibilidade que, S. Tomé está perante um “surto de cólera”. Credo! Que S. Tomé Todo-poderoso nos proteja da cólera. Que nunca tenhamos esta triste experiência que vivenciei em 1979 num país africano não muito distante de nós! Cólera, Cólera? Será que estamos a falar de uma mesma coisa ou estamos a falar de uma dada cólera amansada por alguns supostos técnicos da saúde de STP? Há décadas que existem em alguns rios de STP um dado vibrião (designação extensiva às bactérias encurvadas em forma de arco ou de uma virgula que pertencem ao género Vibrion) a que ninguém se dignou em investigar. E, a existência desse vibrião coincidindo de modo, digamos cíclico, com irrupções diarreicas não devem constituir o motivo para que de forma abusiva se afirme que em STP há “um surto de cólera”. Que laboratório com competência científica e capacidade técnica chegou a conclusão tratar-se de vibrião cólerico (parasita causador da cólera)? Tudo sugere que, uma vez mais STP está sim, perante a diarreia da pobreza e não cólera, sejamos claros.
continua...

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Resumo da Dissertação da Tese de Doutoramento do amigo Herlander Lima

Inverse Modelling of Petroleum Reservoir


Integration of Dynamic Data into Stochastic Model and Upscaling
abstract


Reduction of the uncertainty related to petrophysical properties is still a challenge in reservoir characterisation. An accurate estimation of the spatial distribution of petrophysical properties (e.g. permeability) translates into higher success rates in infill drilling, and fewer wells required to drain the reservoir.
On the other hand, reservoir simulation of very large fine grid model (greater than 1 million blocks) is impracticable using traditional simulators, such as those based on finite difference. Owing to this difficulty, upscaling is justifiable for very fine-scale reservoir models and/or when many runs are necessary and the computational performance is very important.
Considering the above mentioned problems this thesis was developed with the following two purposes:

i) enhance the characterization of subsurface reservoirs by combining reservoir static and dynamic data and models to improve the prediction of petrophysical properties. This goal is fulfilled by formulating, implementing, and demonstrating the applicability of an emerging algorithm, the integration of static and dynamic (production-related observations) data by inverse conditional simulation in which stochastic images of permeability are simulated and perturbed through Direct Sequential Simulation and Cosimulation and flow simulations are obtained from a traditional black oil simulator. This inversion approach leads to better and less uncertain results because of the larger amount of data and constraints available to inform the predictions; and

ii) reduce the number of reservoir parameters through an upscaling technique based on hydraulic zonation of porous media in order to build a coarse (upscaled) grid which preserve the characteristics of grid simulation. The upscaling technique leads to consistent results and can be a useful tool for reservoir simulation purpose.

Key-words: Stochastic modelling; Deterministic modelling; Inverse conditional simulation; Data integration; Reservoir characterisation; Upscaling.

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segunda-feira, maio 08, 2006

Sãotomense, Petróleo, Falácia Genética vs Argumentum ad Hominem!

É recorrente em mim, questionar se é certo e merecedor que, cada vez que falamos da trapalhada petróleo de STP consagrarmos a nossa atenção no envolvimento com um dos países mais corrupto da África e do Mundo (Nigéria), nos aspectos mais ou menos consensuais da lei, lugares que cada político sãotomense ocupa e ocupará neste e similares ligados ao petróleo. Tenho sido relativamente atónito com crenças de alguns de nós sãotomenses quando argumentam que, nenhum país do mundo “hoje em dia”, verá outros aspectos, por sinal calamitosos, afirmam eles, que poderão por em causa a sobrevivência e mesmo a existência de um povo. Porque o interessante e terminante é o aspecto económico e a lei que o contorna. Todo o discurso corre para o mesmo caminho – poder pessoal e dinheiro. A questão do petróleo é demasiado séria e complexa para facilitarmos a discussão na lei, dinheiro e poder. Grande parte dos agentes ligados ao petróleo como por exemplo, deputados, os da Agência Nacional, juristas, políticos, jornalistas e, o próprio Presidente da República que fez do petróleo a sua razão de ser Chefe de Estado e outros parecem-me não estarem preparados para tratar a natureza científica do processo. Pois, fazem das verdades que são historicamente transitórias verdades absolutas e, dos estudiosos, organizações que são pela transparência da coisa pública e cientistas, a imagem positiva do herói. É ao que se chama fonte da informação. Explico-me: se a origem da ideia é de uma pessoa com autoridade como Jesus Cristo ou Einstein, então a ideia é sustentada contra uma contrária que não provem de uma fonte célebre ou prestigiada. Ora, a “verdade” ou “falsidade” de uma ideia/crença/asserção deve sustentar-se independentemente de quem a aceita ou a rejeita. Da mesma forma, não depende do número de pessoas que a partilham. Devemos sim, examinar o carácter dos argumentos, não o carácter da pessoa que argumenta. Alias, é esta a forma extensiva que nós os sãotomenses procedemos ou melhor, protestamos. Quer dizer, pela falácia genética e argumentum ad hominem. Falácia genética é o tipo de raciocínio que explica algo mediante uma descrição do processo que este algo seguiu para chegar ao estado em que se encontra e que se pretende justamente explicar; ou ainda, é supor que, porque uma teoria/asserção/ideia/crença tem origem repreensível, logo, ela fica desacreditada. E, argumentum ad hominem consiste no argumento contra a pessoa que apresenta uma ideia/crença/asserção e não contra a própria ideia/asserção/crença/teoria – Somos Sãotomenses!

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sábado, maio 06, 2006

Amargurada Realidade...

Nós, os santomenses passamos a vida a representar no palco. E, STP é que vai ficando para o Satanás. Nunca é possível falar ou contactar com um ministro, director ou outro qualquer responsável político/administrativo em STP. Estão sempre ocupados, todos os dias e em todas as horas em reuniões. E o resultado conhecemos – STP: o antro. Somos todos actores, gostamos de exibir – parece ser a única coisa que nós os sãotomenses sabemos bem fazer. Para nós bastam três ingredientes fundamentais: uma plateia interessada, um palco e o ambiente. Em 2006/03/22, às 10h59m, recebi uma mensagem electrónica do meu amigo G. Seibert, solicitando a possibilidade de uma dada personalidade participar (ao pedido desta personalidade) num dito Fórum dos Quadros em Portugal – Educação e Desenvolvimento que se realizou em 23/03/2006 na Universidade do Minho em Braga. Porquanto esta personalidade estava interessada em construir “mais uma Universidade em S. Tomé”. Confesso que fiquei espantado.
Desconhecia a existência de quadros e tantos assim de STP em Portugal e no Distrito de Braga. Sei sim que em Braga há alguns estudantes de STP, como há em Lisboa, Porto, Coimbra e mais. Não sei se o organizador do tal encontro entendeu que ser-se estudante é ser-se quadro. Não percebi a razão pela qual o dito encontro de quadros de STP em Portugal se realizou em Braga. Não entendi na altura a razão pela qual a Embaixada de STP em Lisboa patrocinou o referido encontro. Como muita intrujice que se passa em STP, não estou esclarecido, e parece que muitos mais sãotomenses em Portugal também não ficaram esclarecidos sobre o motivo do segredo do tal fórum. Das informações que tentei colher junto a muitos compatriotas ninguém sabia. Todos com que contactei desconheciam a realização do tal espectáculo. Aproveito a oportunidade para informar os realizadores do referido espectáculo e a outros que queiram encenar coisa semelhante que quer queiram ou não, quer se goste, quer não, a maioria de quadros de STP em Portugal reside em Lisboa e trabalha. Não são vadios, não fazem de conta que trabalham, e não passam a vida a viajar com o dinheiro do Estado, ou com e em nome do Estado de STP.

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quinta-feira, maio 04, 2006

Eleições?? “ABRENUNTIO SATÃNAE”!

O processo eleitoral é percebido pela generalidade da população de STP com o desprezo e o enfadamento pelos políticos, o desinteresse crescente pela actividade política e alienação do eleitor sãotomense. As razões causadoras deste enorme mal-estar são mais que muitas. Tudo começa com um país virtual criado por uma estirpe de dirigentes agastado pelo tempo e pela imprudência e mentira que a todo momento estes fazem do seu pensamento a realidade. Tudo continua quando vemos o Sr. Presidente da Comissão de Recenseamento Eleitoral (parece ser assim que se intitula esta personalidade) ir à comunicação social nacional e internacional afirmar num tom imperial que já tivera (a comissão) recenseado mais de 10 000 novos eleitores.
Credo! Não cabe na cabeça de ninguém de bom senso tal disparate. Como é possível que após cerca de 4 anos do último recenseamento se consiga mais 10 000 novos eleitores? Vieram de onde estes novos eleitores? Qual é afinal de contas a taxa de crescimento e mortalidade populacional em STP? Tudo se conclui quando se questiona como foi e é explicável e descritível que no recenseamento de há 04 anos se deixou tantos nacionais sem se recensear, sem poder exercer esse direito constitucional? Como se poderá caracterizar as eleições realizadas há 4 anos? O espantoso e o perverso é que os sabem-tudo (todos sabemos quem eles são), os que temem o posicionamento dos sãotomenses no estrangeiro, os que temem nacionais que algumas vezes eles chamam da diáspora e outras vezes na diáspora, não se aperceberam desta aberração muito mais ainda os próprios partidos políticos. Está-se perante um contracto dos partidos, dos senhores dirigentes políticos em destruir STP? Senhores dirigentes, 10 000 novos eleitores para uma população como a nossa é muita gente. Já se questionou a Comissão sobre isso? Serão as eleições apenas para “fazer o inglês ver”?

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quarta-feira, maio 03, 2006

Um homem de ciência não pode perder o comboio da tecnologia

Como a grande maioria que me conhece (quer tenha sido ontem ou há anos) sabe eu sou um apaixonado pelas causas do meu País: São Tomé e Príncipe. A terra que me viu nascer, que me deu os conhecimentos básicos da vida e que me fez estar onde estou hoje. Por esse motivo sinto como um dever, melhor dizendo uma obrigação moral lutar para que São Tomé e Príncipe seja um dia o País que sonhei a todos os níveis.
Depois de muitos almoços e jantares, de reuniões infindáveis e de discussões encaloradas resolvi também eu apanhar o comboio da tecnologia e criar um espaço onde todas as pessoas que tenham o mesmo desejo que eu e queiram contribuir para o evolução de São Tomé e Príncipe possam deixar os seus comentários, opiniões, sugestões, críticas, seja lá o que for desde que o objectivo principal seja fazer crescer a terra que me viu nascer.
Nestes últimos dias dediquei o meu pouco tempo livre à criação deste simples blog, o objectivo não foi ou é a lavagem de roupa suja ou a discussão do último episódio da telenovela X ( a não ser que daí se tire algo construtivo) o objectivo foi, é e será sempre a estimulação em conjunto dos neurónios para que daí possa surgir algo positivo.
Grandes vantagens desde blog:
  1. Não é preciso sair de casa;
  2. Não se gasta dinheiro em jantares;
  3. Não se tem trabalho a alugar um restaurante para 50 pessoas e depois passar vergonha porque só apareceram 20;
  4. Está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana;
  5. Não há censura, todos são livres em expressar a sua opinião;
  6. Cada um pode estar sentado a comer a sua banana pão com molho à moda da terra, sem interrupções e sem ter que partilhar o petisco com ninguém.

A única coisa que espero dos amigos, meus e de São Tomé e Príncipe é que de facto participem, não percam a esperança de ver um dia São Tomé e Príncipe como um país com P maiúsculo. Eu não vou desistir NUNCA.

Desistir é MORRER e enquanto eu estiver vivo, com São Tomé e Príncipe no coração farei tudo para ver a minha terra crescer.

Aguardo ansiosamente os comentários dos amigos

Saudações calorosas

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