Um Momento de Reflexão por STP - Um espaço ao dispor de todos os amigos de STP

sábado, junho 24, 2006

Convite...


As Edições Colibri têm o prazer de convidar V. Ex.ª a estar presente no lançamento do livro A Poesia e a Vida - Homenagem a Alda Espírito Santo, de Inocência Mata e Laura Padilha, no dia 28 de Junho (Quarta-feira), pelas 18:30h, na Sala 5.2 (Sala dos Mestrados) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (à Cidade Universitária).

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sexta-feira, junho 23, 2006

FRADIQUISMO, MDFM E PCD, SEJA FEITA À VOSSA VONTADE!



STP experimentou com Miguel Trovoada, coabita com Fradique de Menezes e tenta ensaiar com Patrice Trovoada, um tipo de narcisismo consubstanciado às suas elites política, ou seja, aos seus capangas, ou se quiser ainda, aos seus meros figurantes. Esses pretensiosos dominadores e respectivos partidos têm uma ética particular que corresponde a uma "verdade" instrumentalizada pela convicção psicótica ou narcisista. Ora, narcisismo é por sua essência, a negação do Nós. Logo, no plano político, corresponde a uma vivência de exclusão económico-política para a maioria da população. Essa perversão utiliza sempre a mistificação como prática corrente na actividade política e social. As mentiras política sempre foram justificadas na teoria e na prática, tendo as razões de Estado umas vezes, outras de partidos como escudo. O Estado de STP exige mudança imperiosa no estilo de fazer política.


Há que prevenir comportamentos fradiquistas indesejáveis e eliminar pressões em volta do banho eleitoral. Em latim, persona significa o disfarce, ou a aparência externa de um homem, contrafeita no palco. E, às vezes, mais especialmente aquela parte que disfarça o rosto, como uma máscara ou viseira – eis o fradiquismo doentio e absolutista. É este o Presidente da República que nos foi imposto por capangas, cooperantes, ou melhor, meros figurantes de Fradique em troca de migalhas. Como consequência, não me parece como alternativa, gastar energias na construção de novos partidos. Parece mais crível dar instrumentos intelectuais e operacionais aos sãotomenses, engendrar e difundir com eles formas alternativas ou conferir legitimidade de sobrevivência na luta política e social. É esta uma tarefa maior. Tentar inverter a pirâmide nas relações entre os candidatos e os eleitores é para aí onde devemos centrar todos os nossos esforços. A aliança utilitária, instrumental e funcionalista a que os seus autores intitulam de inédita, para apoiar Patrice Trovoada como candidato a Presidência da República nada de inédita tem. Esta aliança é similar a que PCD/GR fez com Miguel Trovoada e tantas outras já falidas no país. Não existe diferença significativa entre Fradique e Patrice Trovoada, qualquer um quer ser dono de STP e petróleo de STP. Esta aliança sugere-me dizer uma vez mais - país bloqueou!. Seja feita a vossa vontade! Esta aliança tem como finalidades: a)- irritar os tonton macoute e xerife de Fradique; b) manter a oligarquia nacional exploradora; c) – acentuar as desigualdades sociais e d) – “quedas” de governos e golpinhos de estado.

Miguel Trovoada iniciou e Fradique desenvolveu e de que maneira?! Que estado é esse? A lei normatiza que os partidos políticos concorrentes a campanha tenha apoio financeiro do Estado. O governo diz não. Tribunal reúne para analisar e quiça decidir, o xerife do exército, digo, ministro da defesa cerca o tribunal a mando do Presidente da República. Ingere abusivamente em questões políticas, contrariando o Estado de Direito Democrático. Os partidos alegam a falta de condições objectivas para marcar mais do que uma eleição num dado período. Fradique diz não e prepotentemente marca a seu bel prazer. Devido a entrega de processos fora de prazo legal, o tribunal chumba as candidaturas. A população revolta e Fradique aplaude em omissão.
Seja feita a vossa vontade!

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quinta-feira, junho 22, 2006

Talvez haja uma alternativa, uma esperança.....


O líder da Aliança Democrática Independente (ADI), Patrice Trovoada, disse que vai candidatar- se às eleições presidenciais são-tomenses de 30 de Julho, indicando que faltam apenas "alguns acertos" entre as "várias forças políticas" apoiantes.

O filho do ex-presidente são-tomense Miguel Trovoada, afirmou que a sua candidatura é "uma hipótese forte que está a caminhar para a realidade", acrescentando que o anúncio oficial deverá ser feito "ainda esta semana".

Patrice Trovoada disse ainda que são precisos apenas "mais alguns acertos", dado que é apoiado por várias forças políticas "que foram rivais durante décadas". Entre essas forças estão o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social-Democrata (MLSPT-PSD), ex-partido único e agora o principal partido da oposição depois da derrota nas legislativas de 26 de Março último, a coligação Uê-Kedadji e a União dos Democratas para a Cidadania e Desenvolvimento (UDD).

Segundo Patrice Trovoada, este apoio é "inédito" no país e as discussões "estão avançadas" para se "chegar a um acordo".

Depois do anúncio formal, Patrice Trovoada torna-se no segundo candidato às presidenciais de 30 de Julho depois do actual Presidente, Fradique de Menezes, ter formalizado sábado a sua recandidatura através de uma carta aberta à população são-tomense.

"Escrevo-lhe directamente para lhe anunciar em primeira-mão que decidi voltar a candidatar-me a Presidente da República e, peço- lhe de novo apoio", escreveu Fradique de Menezes.

Menezes é apoiado pela coligação Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido da Convergência Democrática (MDFM-PCD), que venceu com maioria simples as eleições legislativas de Março passado.

Patrice Trovoada foi ministro dos Negócios Estrangeiros (2001- 2002), mas demitiu-se do cargo por divergências com Fradique de Menezes, candidato que havia apoiado nas eleições de 2001, mas que considerou depois "um erro de 'casting'".

Fradique ainda nomeou Trovoada seu conselheiro especial para as questões do petróleo, mas acabou por demiti-lo em Maio de 2005, depois de este ter admitido publicamente "alguns erros" no processo de negociações para a exploração petrolífera. Nas eleições presidenciais de 2001, Fradique de Menezes foi eleito à primeira volta com 54,36 por cento dos votos, derrotando o ex-presidente Manuel Pinto da Costa, que obteve 39,39 por cento.
(in Notícias Lusófonas)

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quarta-feira, junho 14, 2006

A PARÁBOLA DO MLSTP/PSD E OUTROS ...

O que habitualmente digo/escrevo não é gentil, simpático, cortês, amável, engraçado, bonito – não é esse o meu carácter. E, sobretudo, provoca irascibilidade e discordância dura. A fábula da ética e da moralidade que eram ostentados por alguns políticos sãotomenses, por exemplo, Miguel Trovoada, partidos políticos, por exemplo, PCD/GR e seus dirigentes parecem ter se esfumaçado na voragem das peripécias e alianças contraídas ao longo dos últimos 14/15 anos. O ingresso na pintura política de STP de Miguel Trovoada e Fradique de Menezes com a estratégia de banho levou os sãotomenses a comprarem o gato por lebre –; que embuste?


Fradique de Menezes, seus partidos políticos, sua assembleia e o seu governo que saibam que, uma explicação política, ou se quisermos, uma explicação de natureza “psicológica”, a população não votou, não vota contra este ou aquele candidato, este ou aquele partido. Infelizmente, vota a favor do dinheiro – o banho, quem dá mais! Seria desejável que os sãotomenses acreditassem nos partidos políticos, seus respectivos dirigentes, mesmo os dirigentes de partidos políticos como o Presidente da República, o seu MDFM e acessórios. Porque os partidos políticos deveriam ter uma missão a cumprir em STP. A triste realidade é que, essa missão se confunde com a eliminação das injustiças sociais, das históricas desigualdades que caracterizam a iníqua sociedade sãotomense, com a construção de um STP solidário, provavelmente com menos oligarquias exploradoras. Quer seja nos luchans, quer seja nos meios, digamos, urbanos. Numa micro análise de um tal “projecto de sociedade” de Fradique, ou pelo menos a percepção de um tal “projecto nacional” por parte da maioria dos seguidores de fradiquismo absoluto e doentio, sugere uma mortífera trapalhada. Este facto embate no raciocínio pobre, muito típico de políticos vulgares, em que as chamadas classes dominantes em STP formam um todo unitário, economia e política soldadas. Aproximar o eleito do eleitor significa estar sempre junto dele e não aparecer só quando é preciso comprar votos. Ora, o conceito de parábola, segundo os dicionários, tem dois significados.


Na visão matemática, representa uma curva oblonga, com um pináculo no centro e uma linha em cada lado, sendo a primeira ascendente e a segunda descendente. O ponto de vista da literatura, ele significa uma estória bíblica, contendo algum ensinamento de fundo moral como conclusão. Aí está! Ambas as abordagens parecem aplicar-se à trajectória do MLSTP/PSD assim como, todos outros partidos políticos que não os de Fradique (MDFM, PCD,...) na vida política de STP. Logo, porque o MLSTP/PSD e outros partidos aceitaram os abusos, as balbúrdias, as banalidades e as bagunçadas de Fradique durante quase cinco anos na vida política sãotomense parece sinalizar isso mesmo. A abordagem matemática parece ter atingido o ápice quando Fradique comprou partidos, comprou votos, prepara-se para comprar uma parte de deputados, tem uma assembleia, um governo e, a revelia do segundo partido mais votado (MLSTP/PSD) pelo que me parece, decide marcar bem a seu modo absolutista psicopatológico iniciando assim e agora um longo e doloroso declínio da vida política dos sãotomenses e partidos políticos. Assim, quando MLSTP/PSD e os outros partidos políticos pensavam que ainda estavam subir, já estavam de facto a descer a rampa – tentei a meu estilo pedir atenção a alguns amigos. MLSTP/PSD e outros, o errado não é decidir, mas sim, não decidir. Simplesmente, no mundo actual, qualquer decisão, mesmo política, necessita de ter melhor base técnico/científica (sempre com os nacionais a cabeça) e a mais sólida percepção de que aquilo corresponde a uma exigência social legítima, ainda que nem todas as exigências sociais possam ser atendidas.


O sãotomense não gosta de se sentir enganado ou ter aquela indefinida sensação de que está a comprar gato por lebre.

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segunda-feira, junho 12, 2006

O livro da semana

A Brill Academic Publishers (http://www.brill.nl/) acabou de publicar o livro "Comrades, Clients and Cousins Colonialism, Socialism and Democratization in São Tomé and Príncipe" by Gerhard Seibert.

May 2006
ISBN 90 04 14736 5
Paperback (xx, 616 pp.)
List price: EUR 89.- / US$ 108.-
African Social Studies Series, 13

Comments on 1st edition of 'Comrades, Clients and Cousins...'(1999):
'Comrades, Clients and Cousins...is a work which represents, in my humble opinion, one of the most important, revealing and inspiring research efforts on lusophone Africa to be published in many years.'
Douglas L. Wheeler, Professor of History Emeritus,University of New Hampshire

'Let us put aside the shyness and dare the prophecy:Comrades, Clients and Cousins will remain the major volume about this archipelago during at least ten years, and for still more time, to get to know the period from 1974 to 1998.'
René Pelissier in Análise Social

'Seibert is meticulous in his pursuit of coherence and explanation. His book is a worthy successor to Francisco Tenreiro's masterly account of the islands written in the 1950s and absolutely indispensable for anyone studying the problems of contemporary Africa.'
Malyn Newitt, Journal of African History

'Comrades, Clients and Cousins is a welcome addition to the literature on Portuguese-speaking Africa. It is also a volume which Africanists should find useful because of its careful comparative analytical construction. Seibert has written a solid, well researched and analytically astute book on one of Africa's least known countries.'
Patrick Chabal, Africa

'Here is finally a complete and recent study of the political, economic and social history of São Tomé and Príncipe...A member of the Creole elite recently qualified the book as impious: the light that it sheds on these 'painful truths' makes it from now on an unavoidable reference for all those who are interested in this small country, but equally for those who study the clientelistic phenomena in Africa or elsewhere.'
Jacky Picard in Lusotopie

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sábado, junho 10, 2006

O BATOTEIRO E AS SUAS ELEIÇÕES

A batotice de eleições para “fazer o inglês ver” em STP parece ter virtude suplementar e talvez inesperada. A batota eleitoral colocou os sãotomenses a viverem no difícil estado de duplo enfoque. Quer dizer, na regra e na desregra, ou no prazer e na técnica de banho. É uma espécie de exercício para os sãotomenses estarem concentrados e descontraídos ao mesmo tempo. É um condimento de saber estar e não estar simultaneamente. É ser espectador e actor na mesma peça. O sádico Presidente da República eleito a custa do banho, imposto por uns nacionais em troca de umas migalhas, mostra a sua face.

Essa sua outra face obscura resplandece em batoteiro militante e lúdico. É como um ingénuo profissional e simultaneamente uma espécie de manhoso de á-bê-cê. É alguém que gosta de se sentir como uma governanta cerimoniosa que leva com parcimónia os miúdos ao jardim para presentear geladinhos e rebuçadinhos. É certo que há muitos jogos que só valem a pena porque a batota é bem mais saborosa que a vitória. Mas, é claro que isto não é democracia. É brinde que, com o patrocínio de um dado PCD/GR nos trouxe através de Miguel Trovoada, desenvolvido por Fradique de Menezes e que, ficou quasi institucionalizado no país – a democracia da batota e do banho. Sim, compreendo, poder fazer batota e não ser apanhado é de longe o mais interessante em qualquer dito jogo democrático apesar de contrariar a própria lei que a normatiza. Para Fradique é absolutamente indiferente se a batota serve para ganhar ou para perder, o essencial é fazer, fazer, fazer e bem feitinha.

O fundamental é enganar os outros e ninguém dar conta de nada. Mas eu dei! O batoteiro é um eterno medroso muito bem disfarçado e convencido de malandro atrevido e espertalhão. Indiciado por Miguel Trovoada, Fradique subverteu as regras democráticas, desprezou os partidos políticos, trocando-os pelo seu maior prazer de ser dono de STP. Ludibriou os partidos e mesmo os seus capangas, tornando-os uns figurantes, uns mero cooperantes, numa espécie de brinquedo muito seu, fazendo as eleições numa espécie de onanismo. O batoteiro tendencialmente apodera-se de propriedades fixas, conquista um território, ou mesmo tenta instaurar uma nova ordem. É nessa presunção psicopatológica que Fradique autoritário, prepotente e absolutista marca as suas eleições para mais uma vez com o banho arrebate em definitivo o petróleo de STP, a Assembleia, o governo e os partidos para mais uma ditadura a estilo Bongo/Mobuto ou mesmo a Jean-Bertrand Aristid e/ou Jean-Claude Duvalier de Haiti com a sua polícia, os tonton macoute instalados no palácio de pagens e na Favorita.

Por esse motivo, tal como os ministros de Mobuto, Bongo e outros, o mestre das obras de Fradique, digo, o ministro das infra-estruturas e das obra públicas de Fradique, num jogo de aparente paradoxo dual, distracção e concentração manifesta-se mais intranquilo com o término do mercado para publicitar e oficializar a candonga (por eles criado) do que com o abastecimento da água e fornecimento de energia eléctrica para os hospitais e escolas. Onde estão a oposição, sociedade civil e a dita comunidade internacional para travar os desmandos fradiquitas? Todo este atropelo, todo este nojo de puder, ... porque Somos Sãotomenses!

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segunda-feira, junho 05, 2006

ELEIÇÕES OU CRIAÇÃO DE PARASITAS URBANOS? (PARTE II)

É esta a razão da minha a implacável vontade de liberdade herdada de gerações de nossos anciãos. É a honra de fazer valer os nossos valores de um povo. Um povo com vontade de vencer faz e obriga-me ainda com mais braveza e ferocidade. Porque é decisivo um outro estilo de dirigentes, a começar pela Presidência da República. Tudo isso, para que não haja “ditadura, mais fome do que na era colonial e um poucochinho de massacre ao povo de STP, fomentação da bufaria nos serviços, a indisciplina, a crise de autoridade, deixar andar e promulgação de injustiça salarial, como forma de...”. A experiência vivenciada por todos nós demonstra que aqueles que quiseram reformar a sociedade mecanicamente culminaram em resultados lamentáveis como em todos os países comunistas.

Vejam o que aconteceu na República Democrática de Congo ex-Zaire de Mobuto e agora em Timor Loro Sae. Aqueles que quiseram mudar reformando os indivíduos, estabeleceram-se com belas vidas individuais como é o caso de Fradique de Menezes (quer ser dono do petróleo de STP) mas nada atingiram sob o ponto de vista da sociedade. Ao decidir escrever este artigo lembrei-me de duas coisas: a primeira - estão aí as eleições autárquica e presidencial; a segunda coisa que me veio de imediato à mente é o princípio de Dilbert: “os trabalhadores mais incapazes são sistematicamente transferidos para o lugar onde podem fazer menos estragos”. Não foi por um mero acaso que estas duas coisas sobrevoaram a minha cabeça. É que de facto em STP o princípio de Dilbert que tem sido destaque ao longo destes tenebrosos anos. Dança de presidentes, dos ministros, dos directores, etc., . Em STP o poder tem estado sempre sobre alçada dos mesmos e o resultado está à vista.

Lembro-me que há pessoas, pessoas? indivíduos que já passaram por todos os possíveis ministérios e direcções que se pode inventar num país (?) e o resultado desta manifestação do princípio de Dilbert vemos todos. Embora para alguns ditos dirigentes políticos, que não são mais que parasitas urbanos, bebendo e comendo migalhas de Fradique possam parecer contribuir para a sua mudança, continuam sendo escravos silenciosos. Como Homem, como um dos são-tomenses entre muitos espoliados (é quasi normal em África) rogo aos partidos políticos todos para agirem, já e agora, desfavorável a Fradique de Menezes que deu prova de totalitário e entre outras que é. Há que encontrar um sãotomense capaz de assumir a direcção da luta contra o subdesenvolvimento em STP de modo a criar-se uma nova classe política, para salvar a nossa pátria, para lavar a nossa cara, para que amanhã a nova geração possa viver melhor. Que alguns ditos dirigentes de diferentes partidos deixem de mau hábito de procurar micas de Fradique levando consequentemente STP a miséria. Que deixem de daltonismo e/ou autismo político porque a causa colectiva é nobre – porque Somos Sãotomenses!

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MORTE DO JOVEM PATRIOTA

Faz hoje sete dias, após o trágico acidente que vitimou quatro ocupantes de um avião, que se encontrava em missão de treino em S.Tomé e Príncipe. Facto que constitui motivo de polémica, tendo em conta que se tratava de único avião da Empresa aérea de S.Tomé e Príncipe e também o único que fazia a ligação, entre o arquipélagos de S.Tomé e Príncipe. Esta premissa, quase que se sobrepõe ao facto de terem morrido quatro pessoas, se se toma em consideração as declarações dos responsáveis da empresa, que sem terminar as investigações, parecem atribuir a causa do acidente, ao piloto recém-formado que se encontrava em missão de treino.

Não desconsiderando a morte dos outros ocupantes, que por tal aproveito para endereçar os meus sentires de pesámos as famílias enlutadas, quero aqui realçar a morte de um amigo, o jovem Osvaldo da Silva Metzger (O recém-formado piloto), cujo o sonho de se formar piloto de aviões comercias, viu concretizar depois de fazer o curso numa das melhores escola de Portugal e depois de bastante investimento da família e de amigos, tendo em conta que o mesmo curso tinha, custos bastante elevados. Todos os que o apoiaram, sabem do que o mesmo passou, para que conseguisse concretizar este sonho!!! Osvaldo Metzger podia, ter optado por qualquer outra paragem do mundo, que como sabemos um piloto de aviões comercias pode ter emprego em muitos países e com muito boas condições salariais. Contudo, Vado, nome como era conhecido entre os amigos, optou por regressar à sua terra S.Tomé e Príncipe, país que o mesmo apelidou de sua casa. Ao optar regressar, embora precisando, optou também por condições salariais muito menos vantajosas, que as enumeras propostas que recebera.

Chegando no país, ansioso por começar uma nova etapa da sua vida, iniciou a profissão a trabalhar, num avião que todos sabiam ser um aparelho obsoleto, além estar em péssimas condições, cujo o historial já fora reclamado pelos pilotos antecessores, alguns dos quais se negaram mesmo voltar a pilotar o avião e um que enviou uma carta, a própria empresa responsável, alertou para possível queda do avião, se não se tomasse de imediato as devidas precauções (TWIN OTTER rejeitado pelos técnicos guineenses). Situação que fora totalmente ignorada pelos responsáveis. Como já se havia previsto, o avião acabou por cair e embora tenha se tornado público, a carta do piloto que havia alertado para essa possível ocorrência, os responsáveis da empresa do avião São-tomense e outros dirigentes políticos apressaram-se em insinuar, digo insinuar porque não quero acreditar que o afirmaram, que fora erro de um inexperiente piloto, pois o avião estava numa missão de treino de um recém-formado e possivelmente fora erro humano. O que me parece bastante absurdo ou no mínimo uma atitude deveras irresponsável. Uma vez que nem se quer terminaram as investigações, que nos permitissem chegar alguma conclusão. Se não vejamos:
- Não sabiam que o avião era obsoleto e que estava em péssimas condições para voar?
- Será possível uma escola de aviação dar credenciais de pilotagem a um indivíduo que não esteja preparado, sem horas de voo suficiente para pilotar um avião comercial e que transporta vidas humanas?!
- Não tendo horas de voo suficiente para ser comandante do avião, o Osvaldo Metzger que ia em missão de treino, não tinha consigo um Comandante e instrutor bastante experiente, que já havia dado treino aos pilotos mais antigos de S.Tomé?!
- Não sejam cínicos e assumam as suas responsabilidades. Os dirigentes São-tomenses, sempre esperaram que:
- Uma criança que precise de cuidados médicos morra, para facilitarem na aquisição de uma Junta Médica;
- Falte por completo a luz eléctrica, para que passe a preocupar em acabar com o problema de energia em S.Tomé;
- Que a ponte desabe para que se decida em reconstrui-la.Era preciso que o avião caísse, para que se resolvesse comprar um novo?! Para que se pensasse na ligação com a nossa ilha irmão do Príncipe?!
A morte de Vado, que por ser um Jovem Patriota, preferiu regressar para dar o seu contributo ao país, será tida certamente em conta, por muitos outros jovem que terminam o curso e se encontram na posição de poderem optar em regressar para S. Tomé ou seguir outros horizontes. Triste ainda atitude dos nossos dirigentes que ao invés de esperarem, pelo menos, que as investigações cheguem a alguma conclusão e se apurem as responsabilidades, precipitam-se em declarações infelizes. Responsabilidade! Num país onde a irresponsabilidade parece ser moda...
Lisboa 30-05-06
Est. de Direito
Humbah Aguiar

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